U R O L O G I A
Julho 31, 2017
Anejaculação: especialista explica por que alguns homens desenvolvem esse distúrbio
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Expressão de que: "Nunca aconteceu isso comigo" |
Alguns homens sofrem com distúrbios sexuais, a ejaculação precoce e disfunção erétil são os mais comuns. Mas já ouviu falar sobre anejaculação? Você pode sofrer dessa disfunção e nem faz ideia que precisa ser tratado. Neste caso, o indivíduo que apresenta o distúrbio não consegue chegar a ejaculação. Por ser um tema pouco discutido, especialista em sexualidade explica causas do problema e tratamentos.
A fisioterapeuta e sexóloga Fabiane Dell’ Antônio comenta que a anejaculação é a dificuldade ou ausência total da ejaculação, mas a sensação do orgasmo é preservada. “As principais causas que levam homens a desenvolverem essa disfunção são fatores emocionais, como não ejacular para não provocar a gravidez, insegurança, estresse e ansiedade. Medicamentos, alterações hormonais, uso excessivo de drogas e lesões de nervos após cirurgias pélvicas também podem influenciar”, destaca.
Devido a anejaculação, alguns homens também adquirem disfunção erétil por sentirem a falta de algo e que estão com problemas sexuais. “O homem deve buscar ajuda com médico urologista para diagnosticar a causa, conversar com a parceira ou parceiro e realizar outros tratamentos, caso necessário”, completa especialista.
A anejaculação tinge uma faixa etária ampla. Alguns casos manifestam-se desde o início da vida sexual e outros em homens mais velhos que realizaram a cirurgia de retirada da próstata.
A especialista explica que o tratamento para a disfunção depende da causa do problema, a saúde geral do homem, idade e estado emocional. “Já em casas após retirada de próstata não tem tratamento”.
Mas Fabiane tranquiliza casais que sofrem com esse distúrbio. “É necessário compreender a causa e esta situação, ter diálogo entre o casal, inovar nas práticas sexuais e ter consciência que não ejacular não interfere na masculinidade e prazer do homem”, conclui.
Algumas dicas para enfrentar a anejaculação
Incentivar o parceiro a procurar tratamento médico com o urologista para diagnosticar a disfunção na ejaculação e descobrir a causa;
Compreender que o orgasmo e desejo podem continuar normalmente;
Dialogar sobre a vida sexual do casal;
Procurar tratamento com psicólogo e fisioterapeuta quando necessário, visto que afeta o emocional e aspectos anatômicos;
Inovar a vida sexual, usar de criatividade e produtos sensuais com dicas de um sexcoach.
Maio 11, 2017
Sexta feira, às 12 hs: Fórum para leigos vai debater incontinência urinária durante X Congresso Mineiro de Ginecologia e Obstetrícia
Incontinência urinária é toda perda involuntária de urina, ou seja, ela ocorre sempre que a
urina escapa sem que a pessoa perceba ou consiga controlar. Segundo a Sociedade Brasileira
de Urologia, 10 milhões de brasileiros sofrem com o problema. Ao contrário do que muitos
pensam, pessoas de todas as idades podem apresentar os sintomas da incontinência urinária.
No entanto, o problema é mais comum em mulheres e pessoas idosas. Na maioria dos casos,
quem sofre com essa condição fica impossibilitado de realizar tarefas diárias simples, como
pegar uma criança no colo, sair para jantar com os amigos ou fazer exercícios na academia.
“A incontinência é algo que pode ser prevenido e tratado. As pessoas precisam ter acesso a
essa informação. Os pacientes não devem ter vergonha de procurar um profissional de saúde e
pedir orientações”, ressalta o médico Luiz Gustavo Oliveira Brito, integrante voluntário do
Comitê Científico da Associação Brasileira Pela Continência B. C. Stuart. O médico, especialista
no tema, fará palestra com o título “Como Prevenir e viver melhor com a Incontinência
Urinária”, na próxima sexta-feira (12/05/2017), durante o X Congresso Mineiro de Ginecologia
e Obstetrícia, tendo por alvo o público leigo.
Existem diferentes tipos de incontinência urinária. Um dos mais comuns é a incontinência
urinária de esforço, que ocorre quando a pessoa perde urina ao rir, tossir, espirrar, exercitar-
se, subir escadas, levantar peso ou exercer alguma outra forma de pressão sobre o assoalho
pélvico. Os principais fatores de risco para esse tipo de incontinência são a menopausa, a
obesidade, a tosse crônica, o diabetes mellitus, o número de gestações, os partos vaginais, as
cirurgias pélvicas e a prisão de ventre.
O tratamento irá depender do tipo e da gravidade da incontinência urinária, bem como de
suas causas subjacentes, podendo haver necessidade de uma combinação de abordagens
interdisciplinares. Dentre as formas de tratamento, estão as técnicas comportamentais, que
incluem os exercícios para fortalecer a musculatura pélvica e o treinamento para a bexiga; o
tratamento medicamentoso; e, nos casos mais graves, a cirurgia.
Fórum para Leigos – Incontinência Urinária
Sexta-feira – 12/05/17, das 12h30 às 14h
Auditório Ouro Preto – Ouro Minas Palace Hotel -
Inscrições gratuitas pelo www.cmgo2017.com.br/forum-para- leigosii
Associação Brasileira Pela Continência B. C. Stuart - #PerderUrinaNãoÉNormal
A Associação Brasileira pela Continência B. C. Stuart é uma entidade sem fins lucrativos, cujo
maior objetivo é de prestar assistência às pessoas que sofrem de incontinência urinária e/ou
A ideia de se criar esta associação aqui no Brasil nasceu do sonho de um empresário
canadense, Sr. Raymond Laborie. Juntamente com um pequeno grupo de profissionais
envolvidos na causa da incontinência, fora então criada a Associação Brasileira pela
Continência usando o modelo de outras fundações já existentes no mundo, tais como a
“Canadian Continence Foundation” e a norte-americana “Simon Foundation”.
Pensando nas dificuldades econômicas, sociais e emocionais que as disfunções miccionais
causam às pessoas, que vislumbramos apoiar e orientar pessoas de todo o Brasil a
encontrarem ajuda, oferecendo informações sobre os problemas específicos; sobre as
possibilidades de tratamentos; encaminhamentos para profissionais que possam ajudar;
orientações e indicações de acesso a medicações e produtos necessários ao manejo das
Abril 19, 2017
Você sabe o que é Hiperplasia Prostática Benigna?
Patologia considerada crônica, pode afetar grande parte da população do sexo masculino
O câncer de próstata é um dos diagnósticos mais temidos pelos homens que ultrapassam a faixa dos 40 anos de idade. No entanto, essa não é a única patologia que merece a atenção por parte do público masculino. A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), que consiste no aumento do tamanho da glândula próstata, também pode impactar severamente na qualidade de vida de quem desenvolve tal distúrbio. Caso não seja tratada, a HPB pode comprimir a uretra, obstruir por completo o canal da urina e, consequentemente, causar retenção urinária e até insuficiência renal.
Segundo estudo realizado no ambulatório de urologia do Centro de Referência da Saúde do Homem do estado de São Paulo, as taxas de incidência da patologia já são significativas: de 25% para a população masculina com mais de 50 anos, 30% para pacientes a partir dos 65 anos, e 90% para os idosos com mais de 80 anos.
Considerando que a população masculina com mais de 50 anos de idade já chega a quase 18 milhões no Brasil, de acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o cenário é preocupante, e fica ainda mais evidenciado pelos os dados de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, que revelou que 77% dos homens não realizam o exame de toque (também indicado para a identificação docâncer de próstata) por preconceito e 54% por medo.
De acordo com especialistas, atualmente, a combinação dos fármacos dutasterida e tansulosina é uma das mais indicadas para o tratamento da HPB, aliviando rapidamente os sintomas que incomodam o paciente e impedindo, assim, que a próstata cresça e o problema se intensifique. Entretanto, vale ressaltar que somente o urologista poderá avaliar qual o tratamento medicamentoso mais apropriado para o quadro de HPB do paciente.
Confira agora alguns dos sintomas que podem ser indicadores da Hiperplasia Prostática Benigna (HPB):
- Jato de urina muito fraco ou reduzido;
- Necessidade frequente de urinar, especialmente à noite;
- Sensação de que a bexiga não se esvaziou completamente e ainda persiste a vontade de urinar;
- Dificuldade de iniciar o ato de urinar;
- Dificuldade de interromper o ato de urinar;
- Urinar em gotas ou jatos sucessivos;
- Necessidade de correr ao banheiro, podendo, inclusive, ocorrer vazamento antes de chegar nele.
Dezembro 8, 2016
Cirurgia de Prostata: Incontinencia urinária o maior receio depois da impotencia sexual
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ilustracao de cirurgia |
A incontinência urinária atinge de 40 a 80% dos homens que realizam cirurgia para o câncer de próstata. No entanto, esse quadro melhora espontaneamente ou com o auxílio de fisioterapia em até um ano. Cerca de 5% dos pacientes que passam pela cirurgia, no entanto, vão precisar de tratamento cirúrgico para corrigir a incontinência.
“O diagnóstico precoce do câncer de próstata aumenta a chance de o paciente ter um melhor prognóstico e evita as complicações mais comuns, como a incontinência e a impotência”, afirma o urologista Luís Gustavo de Toledo, chefe do Serviço de Urologia da Santa Casa de São Paulo e integrante do Comitê Científico da Associação Brasileira Pela Continência B.C. Stuart. “As implicações da incontinência chegam a ser mais significativas que as da impotência. O homem incontinente enfrenta impactos não apenas na vida sexual, mas também no âmbito social, profissional e psicológico”, ressalta o médico.
O urologista defende a realização do rastreamento para câncer de próstata, com a realização dos exames de PSA e toque retal, a partir dos 50 anos. “É importante ressaltar que o rastreamento evita o diagnóstico tardio e, com o auxílio de ressonância e, em breve, testes genéticos, ampara a decisão de fazer ou não a biópsia da próstata. O urologista deve ponderar junto ao paciente e sua família os prós e contras da biópsia, com o objetivo de evitar o diagnóstico de tumor indolente e não deixar passar um tumor clinicamente significante”, acrescenta Toledo. É importante esclarecer que é a biópsia, e não o rastreamento, que faz o diagnóstico do câncer de próstata. Assim, sua indicação deve ser criteriosa, na suspeita de tumor clinicamente significante, aquele que realmente necessitará tratamento.
O urologista Júlio Geminiani, professor assistente da Unifesp e também integrante da Associação Brasileira Pela Continência B.C. Stuart, destaca que assim que realizado o diagnóstico podem-se adotar tratamentos individualizados para o câncer de próstata, dependendo dos diferentes estágios da doença: se é inicial, localmente avançada ou metastática (já tendo se espalhado para outros órgãos). “A avaliação inicial ocorre com a realização dos exames já conhecidos, como o PSA e o toque retal. Eles são uma espécie de triagem e ajudam a definir quais pacientes devem realizar biópsia ou exames complementares”, diz. Com a biópsia positiva, exames de imagem e a análise microscópica da biópsia ajudam a avaliar o tamanho e a agressividade da doença e optar pelo melhor tratamento.
Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que, ainda hoje, cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata ainda são diagnosticados em estágios avançados. Entre diversos fatores de risco, a idade, a raça e a história familiar apresentam-se como os mais importantes.
Associação Brasileira Pela Continência B. C. Stuart
A Associação Brasileira pela Continência B. C. Stuart é uma entidade sem fins lucrativos, cujo maior objetivo é de prestar assistência às pessoas que sofrem de incontinência urinária e/ou fecal.
A ideia de se criar esta associação aqui no Brasil nasceu do sonho de um empresário canadense, Sr. Raymond Laborie. Juntamente com um pequeno grupo de profissionais envolvidos na causa da incontinência, fora então criada a Associação Brasileira pela Continência usando o modelo de outras fundações já existentes no mundo, tais como a “Canadian Continence Foundation” e a norte-americana “Simon Foundation”.
Pensando nas dificuldades econômicas, sociais e emocionais que as disfunções miccionais causam às pessoas, que vislumbramos apoiar e orientar pessoas de todo o Brasil a encontrarem ajuda, oferecendo informações sobre os problemas específicos; sobre as possibilidades de tratamentos; encaminhamentos para profissionais que possam ajudar; orientações e indicações de acesso a medicações e produtos necessários ao manejo das disfunções miccionais.
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Bhte, novembro 26, 2015
PSA - diagnóstico para próstata com câncer - novembro azul - é duvidoso, falso e caro
Gasta-se bilhões em remédios e tratamentos com a Saúde Pública num efeito perverso para a população. O Brasil como é a máxima entre a intelectualidade e milionários está no atraso, mesmo com a alta tecnologia mais de uma década.
Leia o texto extraído de pesquisa no Livro Avaliação de tratamentos de saúde, chocante em relação ao tratamento nos USA e que aqui tanto os planos de saúde, particulares e Saúde Pública indicam e bancam e sustentam uma indústria perversa da dúvida e da incerteza que apenas ganha rios de dinheiro em relação ao verdadeiro tratamento honesto.
Hoje é comum tanto crianças, adultos e idosos tomar medicamentos indiscrinamente sem usar tipos ou técnicas de tratamento mais natural e menos agressivo com comprovação analística de resultados. Numa intoxicação para o organismo que pode e mata ao invés de tratar e curar e fere os cofres públicos de maneira tão brutal que a falta de medicamentos nos Postos de Saúde e Centros ou outros nomes, faz com que a população se livre da incerteza e as autoridades competentes; Ministérios da Saúde e suas secretárias estaduais e municipais se calem diante da falta.
Sobre o diagnóstico do câncer de próstata
“O câncer de próstata foi descrito como exemplo por excelência do sobrediagnóstico. Isso não significa que não existam homens cujas vidas são salvas da morte precoce por câncer de próstata em consequência do diagnóstico precoce. Contudo... temos poucas possibilidades de saber de antemão quais homens irão se beneficiar do rastreamento e quais serão tratados desnecessariamente, muitas vezes com consequências adversas graves para a vida.
O problema fundamental é que, por meio do rastreamento e dos testes do câncer depróstata, estamos encontrando muito mais casos do que antes, e, por mais estranho que possa parecer, muitos desses cânceres nunca viriam a colocar a vida em risco. No passado, esses homens nunca teriam tido conhecimento de que tinham câncer de próstata e acabariam morrendo por outra coisa qualquer. Morreriam com o câncer de próstata, em vez de por causa dele.
Ao encontrar todos esses cânceres indiferentes, estamos dando a muito mais homens diagnóstico de câncer de próstata do que antes. Daí o termo sobre diagnóstico. Esse é o dilema principal enfrentado por todos os homens que contemplam serem Chapman S, Barratt A, Stockler M. Let sleeping dogs lie?
What men should know before getting tested for prostate cancer. Sydney: Sydney University Press, 2010. p.25.
Os níveis sanguíneos de uma substância chamada antígeno prostático específico (PSA) são elevados na maioria dos pacientes com câncer de próstata. No entanto, não existe um nível claro definido que diferencie os homens com câncer dos sem câncer, e um em cada cinco com câncer clinicamente significativo terá níveis de PSA normais. Além disso, apesar do seu nome, PSA não é “específico”. Por exemplo, os tumores de próstata não cancerígenos, as infecções e até mesmo os analgésicos vendidos sem receita médica podem causar níveis de PSA elevados. Nesses termos, por si mesmo, o PSA possui claramente limitações como teste de rastreamento.
No entanto, os testes de rotina do PSA em homens saudáveis foram promovidos com entusiasmo para o rastreamento do câncer de próstata por grupos de profissionais e de pacientes, e ainda por empresas que vendiam testes, tendo sido amplamente adotados em muitos países. O lobby a favor do rastreamento do PSA foi especificamente reivindicativo nos Estados Unidos, onde se estima que, a cada ano, 30 milhões de homens são testados, acreditando que essa é a coisa mais sensata a fazer. Então, qual é a evidência de que a detecção precoce do câncer de próstata com rastreamento do PSA era o prognóstico, e o que é conhecido sobre os prejuízos associados
O descobridor do PSA se expressa
“A popularidade do teste conduziu a um enorme desastre dispendioso da saúde pública. É uma questão com a qual estou familiarizado, pois eu descobri o PSA em Os americanos gastam uma quantidade enorme em testes para câncer de próstata. A despesa anual do rastreamento do PSA é, no mínimo, de US$ 3 bilhões, sendo grande parte desse montante pago pela Medicaree pela Veterans Administration. O câncer de próstata pode chamar muito a atenção da imprensa, mas considerem os números: os homens americanos têm 16% de chance de vida ao receberem o diagnóstico de um câncer de próstata, mas somente 3% de chance de morrer por causa disso. Isso acontece porque a maioria dos cânceres de próstata evolui lentamente. Em outras palavras, os homens que têm sorte suficiente para alcançar a terceira idade têm muito mais probabilidades de morrer com câncer de próstata do que Mesmo assim, o teste é dificilmente mais eficaz do que uma aposta em cara ou coroa ao lançar uma moeda para o alto. Como tenho tentado esclarecer há tantos anos, o teste de PSA não consegue detectar o câncer de próstata e, mais importante ainda, não consegue distinguir entre dois tipos de câncer de próstata – o que pode matar e o que não mata”.
Ablin RJ. The great prostate mistake. New York Times,10 mar, 2010.
A evidência de alta qualidade relativa aos benefícios e aos prejuízosdo rastreamento do PSA está sendo disponibilizada atualmente. Em 2010, os resultados de todos os estudos relevantes foram sistematicamente revisados. Essa avaliação mostrou que, embora o rastreamento do PSA tenha aumentado a probabilidade de ser diagnosticado com câncer de próstata (como seria previsto), não houve impacto significativo na taxa de mortalidade decorrente do câncer ou na taxa.
Então, a maré está se virando contra o rastreamento do PSA? Richard Ablin, descobridor do PSA, certamente pensa que isso devia acontecer e há anos vem se manifestando. Em 2010, ele comentou:
“Nunca sonhei que a descoberta que fiz há quatro décadas levaria a esse desastre da saúde pública orientado para os lucros.
A comunidade médica deve confrontar a realidade e parar a utilização indevida do rastreamento do PSA. Fazendo isso, pouparia bilhões de dólares e resgataria milhões de homens de tratamentos desnecessários e debilitantes”. Quando muito, todos os homens, antes de serem submetidos ao teste do PSA, deveriam ser informados sobre as limitações do teste e sobre as possíveis consequências adversas. Como um grupo de especialistas observou: “[os homens] deveriam ser informados de que o teste não consegue dizer [a eles] se têm um câncer potencialmente fatal e que pode leválos a passar por um emaranhado de testes e tratamentos que poderiam ser evitados”.
Extraído do livro Avaliação de tratamento de saúde - 2a. edição - dos autores: Imogen Ivans, Hazel Thornton, Alain Chalmers e Paul Glasziou.
Pesquisa e texto do editor e jornalista Marcelo dos Santos - MTb 16.539 - SP/SP
17 de novembro: Dia Mundial da Prematuridade: o que os pais de bebês prematuros precisam saber?
Os pais de prematuros necessitam do apoio da família e de amigos. Se você conhece uma família com um bebê na UTI neonatal,
seja solidário, demonstre amor!
Ter um bebê prematuro para muitas famílias é desolador, assustador, difícil, triste, traumático e algo que ninguém merece experimentar. Mas os pais dos prematuros também sabem coisas que os outros pais não sabem. Eles sabem que, apesar da dor, da luta, das lágrimas e das noites sem dormir, ter um bebê prematuro é uma experiência transformadora.
“As mães dos prematuros conhecem a perda. A perda do sonho de uma gravidez saudável, a perda do sonho de carregar uma grande barriga de grávida, a perda do sonho de ver um bebê nascendo aos nove meses, gritando e chorando... Experiências que elas pensavam que iam compartilhar com as outras mães. Os pais dos prematuros sabem mais sobre o medo e o desamparo, sobre o querer desesperadamente ajudar seus filhos, sobre o desejar fazer qualquer coisa para eles possam ir para casa. Eles sabem o que é imaginar o futuro e saber que talvez ele possa ser muito mais difícil do que jamais pudessem imaginar”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
Os pais dos prematuros também sabem outras coisas:
· Eles sabem o que é olhar para um bebê incrivelmente minúsculo com olhos que podem ainda não estar abertos, ligado a máquinas, e honestamente sentir um amor imenso e ainda acreditar que ele é o ser mais lindo que jamais existiu;
· Eles sabem o que é e como encontrar alegria nos marcos mais ínfimos, como pequenos ganhos de peso ou vestir roupas (finalmente!) pela primeira vez;
· Eles sabem o quanto o contato pele a pele, por horas a fio, é importante para o bebê, assim como o leite materno, desde os primeiros momentos de vida;
· Eles sabem, mais do que ninguém, que cada etapa é uma celebração.
“Há uma enorme variação no desenvolvimento dos prematuros, e alguns pais têm mais facilidade para lidar com isso do que outros. Alguns vão lutar mais e ter um caminho mais complicado. A única coisa que médicos, enfermeiros, familiares, amigos e todas as outras mães e pais do mundo podem verdadeiramente entender é que quando eles olham para seus filhos prematuros, esses pais enxergam guerreiros, bebês que lutaram mais e superaram mais obstáculos do que qualquer um poderia ter imaginado”, diz o médico.
Coisas que todo pai de prematuro precisa saber
Ninguém planeja se tornar pai de uma criança frágil. Quando um bebê nasce prematuramente, a maioria dos pais está também despreparada para uma longa internação numa Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.
Crianças em UTI’s neonatais são muitas vezes tão frágeis que não podem ser carregadas, alimentadas, vestidas ou receber banhos, carinhos, afagos... Os pais, muitas vezes, se sentem impotentes e desamparados. O pediatra Moises Chencinski lista algumas dicas que podem orientar os pais nesses primeiros momentos:
1. Você é parte integrante da equipe de cuidados permanente do prematuro. “Os pensamentos, sentimentos e observações dos pais do prematuro são extremamente importantes. Fale respeitosamente. Pergunte. Exprima suas preocupações. Compartilhe o que é importante para você. Se você sente fortemente que algo é melhor para o bebê, converse com a equipe”, orienta o médico;
2. Prematuros precisam de leite materno fresco. “Prematuros devem receber uma dieta 100% composta por leite materno. Leite materno fresco pode salvar a vida de bebês frágeis. As mães devem começar a bombear o mais rapidamente possível. Para estabelecer e manter sua produção de leite, toda mãe de prematuro precisa de apoio - de seu parceiro, da família, do obstetra, do pediatra, do consultor de lactação, da equipe de cuidados do bebê. Quando o leite materno da mãe não está disponível, o leite materno pasteurizado de doadoras é a segunda melhor opção.
As fórmulas aumentam o risco de um prematuro desenvolver enterocolite necrosante neonatal”, diz o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo;
3. Você sabe o que é melhor para o seu bebê, mesmo prematuro.“Aprenda a observar bem o seu bebê. Os prematuros podem tornar-se gravemente doentes rapidamente. Você pode saber antes de mais ninguém quando algo simplesmente não está certo. Se você sentir que algo não está certo, expresse suas preocupações e verifique se elas têm fundamento”, orienta o pediatra. Chencinski sugere que os pais prestem atenção aos sinais sutis de que algo pode estar errado:
· Barriga anormalmente dilatada;
· Instabilidade da temperatura (temperatura do corpo muito alta ou muito baixa);
· Sangue nas fezes;
· Fraldas secas frequentes;
· Quantidades frequentes ou grandes quantidades de vômito;
· Prisão de ventre;
· Estado letárgico ou não tão sensível;
· Dificuldades ou alterações para respirar.
4. Aprenda a carregar o seu prematuro. “Pergunte aos enfermeiros como aplicar apropriadamente o
Método Canguru. Prematuros precisam sentir o toque dos pais. Quando você não puder ser o canguru do seu bebê, leia em voz alta para ele”, diz Chencinski;
5. Preste atenção aos detalhes. “Mantenha um diário, documentando rotinas de cuidados com o bebê, seu comportamento, bem como seus / suas contrariedades e realizações. Anote seus pensamentos e perguntas. Tome notas. Não transfira a responsabilidade de cuidar do bebê para a equipe do hospital. Eles são humanos e cometem erros. Se você não perceber os erros, é possível que ninguém mais o faça”, observa o pediatra;
6. Torne-se o especialista do seu prematuro. “Leia e aprenda tudo o que você precisa saber sobre a saúde ou a condição do seu prematuro. Aprenda a linguagem empregada nas UTI’s neonatais e as melhores práticas. Se você não tiver certeza de onde encontrar informações credíveis, pergunte à equipe de atendimento do seu bebê. Estenda a mão para outras famílias nas UTI’s neonatais. Seja solidário com as famílias na mesma situação que a sua. Busque outras instituições, neonatologistas ou pesquisadores se você tiver perguntas específicas que a equipe de cuidado do seu bebê não pode responder”, recomenda Moises Chencinski;
7. Você é a voz de seu bebê. “Não deixe que ninguém o intimide ou o envergonhe por ser defensor do seu bebê. Você não é chato. Você não vai colocar em risco a vida do seu bebê. Seu bebê precisa de você para falar por ele / ela, respeitosamente, sempre”, destaca o pediatra;
8. Crie um refúgio de paz e cura. “Deixe para trás as frustrações e medos para que você possa estar presente e em sintonia com o seu bebê. Sorria para o seu bebê. Cante para seu bebê. Traga um cobertor especial de casa. Pendure fotos de família perto dele. Toque uma música suave. Comemore os menores avanços”, orienta o médico;
9. Não deixe a sua vida de lado. “Ter um bebê numa UTI neonatal é desgastante. Uma internação numa UTI neonatal pode parecer que nunca vai acabar, mas vai. E você nunca vai ter esse tempo de volta, portanto, viva esse momento plenamente, sem arrependimentos. Leia livros especiais para o seu bebê. Tire fotos, faça vídeos com o seu bebê, mesmo se ele / ela estiver gravemente doente. Saboreie cada fase com o seu bebê. Tragicamente, a perda do bebê é uma coisa real para muitas famílias nas UTI’s neonatais. Se você já experimentou esta trágica perda, busque apoio”, afirma Moises Chencinski.