Outorgado pela Anatel em maio de 2014 para o SCM-Sistema de Comunicação Multímida

Canal Jornal de Saúde Leia o blog do Jornal de SaúdeAnuncie no Jornal de Saúde - classificadosOuça a Rádio Jornal de Saúde -Bhte, 28//03/2022 às 7h30 -1a. Edição

PAZ PIACE PAIX МИР -和平 PAZ EM TODOS... O MUNDO. Leia Salmo 72

D E R M A T O L O G I A

BHTE, 20 DE JUNHO DE 2024

Dia Mundial do Vitiligo: doença pode ser controlada 
com tratamento adequado

Tratamento individualizado é recurso mais eficiente para minimizar os impactos da patologia, que atinge um milhão de brasileiros

 

Dr. Theodoro Habernann Neto - Crédito Matheus Campos

Junho, 2024 – O Dia Mundial do Vitiligo, 25 de junho, foi criado, em 2011, pela Organização das Nações Unidas (ONU), para despertar a conscientização sobre a doença e combater o preconceito. Conforme o Ministério da Saúde (MS), a patologia atinge de 0,5% a 2% da população mundial. No Brasil, são mais de um milhão de pessoas (0,54%). Theodoro Habermann Neto, dermatologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), explica que a doença é caracterizada pela despigmentação da pele. “São lesões, em algumas regiões do corpo, de aparência esbranquiçadas, causadas pela diminuição ou ausência de melanócitos, as células que produzem a melanina, que dá a cor da nossa pele”, define.

 

Segundo o MS, no Brasil o vitiligo acorre em 1,2% das pessoas brancas e 1,9% das pardas/negras, configurando entre as 25 doenças dermatológicas mais frequentes em todas as regiões do país. “A causa ainda não está bem definida, mas já sabemos que fenômenos autoimunes, traumas emocionais, estresse e ansiedade podem desencadear ou agravar a doença”, explica Habermann.

 

O tamanho da lesão pode variar e acometer várias partes do corpo. “Normalmente, os pacientes têm diminuição de sensibilidade na região afetada ou podem ter dor. O vitiligo pode acometer a área segmentar (ou unilateral), ou seja, em apenas uma parte do corpo, também podendo ocorrer em pelos e cabelos, que acabam descoloridos; e a área não-segmentar (ou bilateral), que é o tipo mais comum, que manifesta dos dois lados do corpo, por exemplo, duas mãos, dois pés, dois joelhos, etc. Também pode surgir no nariz e na boca. A região afetada perde a cor, em algumas fases há o aumento da lesão e em outras há a estagnação. Esses ciclos podem correr durante toda a vida e a duração e as áreas pigmentadas tendem a se tornar maiores com o passar do tempo”.

 

Diagnóstico

Ao suspeitar de alguma mancha mais clara pelo corpo, o ideal é procurar um dermatologista. “O diagnóstico é feito clinicamente e, em alguns casos, é preciso realizar uma biópsia, que é a retirada de um pedacinho da pele, para confirma-lo. Exceto na borda da visão, que a gente faz um teste com a Lâmpada de Wood, que é uma luz negra, específica para ajudar na detecção da doença em pacientes com pele branca”.

 

Segundo o dermatologista, exames de sangue também são comuns para avaliar se o vitiligo tem alguma doença autoimune associada, como hepatite, doença de Addison e problemas de tireoide. “Também é válido ressaltar que 30% dos pacientes têm algum familiar que já apresentou a doença. Então, é muito importante procurar um dermatologista habilitado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, que possa dar o diagnóstico, fazer o melhor tratamento e a melhor investigação do quadro”, ressalta.

 

Tratamento

Embora o vitiligo ainda não tenha cura, existem tratamentos bastante eficientes que devem ser adotados de forma individualizada. “O foco é cessar o aumento das lesões, estabilizando o quadro, e também promover a repigmentação da pele. Existem medicamentos à base de cremes que estimulam a produção de melanina, derivados da vitamina D e corticoides. Outra opção é a fototerapia, um banho de luz, com radiação ultravioleta, que é indicado para todas as formas de vitiligo com resultados muito bons, principalmente em lesões de face e tronco. Já o ultravioleta com UVA também pode ser adotado, desde que sejam tomados todos os cuidados com o risco de envelhecimento e câncer de pele. Há ainda tratamentos com laser e técnicas cirúrgicas, como transplante de melanócitos”.

 

Segundo Habermann, algumas medicações imunobiológicas estão em fase de pesquisa na Europa e nos EUA e, em médio prazo, devem checar ao Brasil, representando mais um importante avanço no tratamento. Para melhores resultados, a orientação do dermatologista é para que o paciente com a doença tenha o acompanhamento psicológico. “Sabemos que as lesões de pele impactam muito na qualidade de vida e autoestima do paciente, por isso é importante que se tenha o suporte psicológico de um profissional, o que irá contribuir, inclusive, para os melhores resultados do tratamento e evitar que problemas como depressão e ansiedade, por exemplo, interfiram na terapêutica adotada”.

 

Sem receitas caseiras

O médico chama a atenção para os ditos “medicamentos milagrosos”, que muitas vezes são receitas dadas por pessoas leigas no assunto. “Podem levar a riscos de queimadura, deixar as áreas ainda mais brancas e causar reações mais graves. Portanto, o tratamento de vitiligo é individual, deve ser discutido sempre com o dermatologista e cada caso é um caso, não devendo-se passar uma coisa igual para todos. Depende da característica de cada pele, de cada paciente, e os resultados vão variar de uma pessoa para outra. Por isso, é importante procurar um dermatologista para saber qual é o melhor controle da doença e qual a repigmentação mais adequada”, orienta.

 

Cuidados importantes

Para as pessoas com histórico familiar da doença, algumas medidas podem ser adotadas. Tais como observar periodicamente a pele, evitar o uso de roupas apertadas que provoquem atrito e pressão sobre a pele, fazer uso diário de filtro solar e manter o controle em situações de estresse. 

 

 

Esmaltação em gel e outras atividades de rotina podem esconder riscos à pele

Raios UV nocivos presentes no dia a dia podem causar envelhecimento precoce e até mesmo câncer de pele quando há exposição em excesso sem proteção

O número de pessoas que utilizam cabines de luz ultravioleta para secagem de esmaltes e alongamento em gel está aumentando cada vez mais. A praticidade e a maior durabilidade estão entre os principais motivos. No entanto, um comunicado emitido recentemente pela Academia Nacional de Medicina da França trouxe um alerta sobre o risco do uso contínuo dessa prática. Estudos indicam que o aparelho utilizado por manicures aumenta o risco de câncer de pele, uma vez que é necessário expor as unhas à luz UV emitida pela cabine para que o esmalte em gel endureça e seque. 

Segundo a dermatologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Anna Karoline de Moura, embora a exposição durante o processo seja curta, o risco de doenças de pele torna-se significativo devido à frequência com que o procedimento é realizado de forma contínua por pessoas que usam unhas em gel. "A incidência de raios UVA, presentes nesses aparelhos, tem capacidade para atingir mais profundamente a pele e apresenta um maior potencial de envelhecimento da área exposta”, explica. 

Perigos ocultos

Além do risco apresentado pelas cabines de secagem do esmalte em gel, existem outros fatores nocivos aos quais a pele é frequentemente exposta. Embora o cuidado com o rosto seja a preocupação mais comum no dia a dia, áreas como o couro cabeludo, orelhas, mãos, braços, pescoço e colo muitas vezes sofrem com a falta de atenção. Essas regiões são altamente vulneráveis aos danos cumulativos causados pelo sol. 

Além disso, atividades cotidianas que podem parecer inofensivas, como a exposição diária a telas de computadores, celulares e televisores, também podem desencadear ou agravar problemas de pele com o tempo. “O uso excessivo de telas é prejudicial para pele, especialmente para aqueles que têm tendência a manchas, uma vez que as telas também emitem radiação”, afirma a dermatologista.

Prevenção

Doenças de pele são muito comuns, mas, na maioria dos casos, podem ser evitadas por meio da adoção de cuidados básicos na rotina. Para isso, além da atenção com a exposição ao sol, recomenda-se o uso de protetores solares com fator de proteção solar acima de 50, principalmente nas áreas do corpo mais expostas. A dermatologista ressalta que, ao contrário das cabines de bronzeamento artificial, que devem ser totalmente evitadas, a exposição às cabines de luz UV para esmaltação em gel e à radiação das telas pode ser realizada, desde que sejam seguidos os cuidados recomendados e adequados. “É importante intensificar o uso de filtro solar, mesmo em casa ou no escritório, e aplicá-lo a cada duas ou três horas. Ao realizar procedimentos em cabine de luz UV, é imprescindível o uso de filtro solar nas mãos e hidratação das cutículas e unhas”, finaliza.


 

 

ALOPECIA AREATA

A doença que acometeu Jade, esposa de Will Smith e que gerou o tapa em Chris Brown

Dra. Simone Neri, dermatologista

 

Conhecidapopularmente como “pelada”, é uma condição caracterizada por perda de cabelo ou de pelos em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou em outras partes do corpo (cílios, sobrancelhas e barba, por exemplo). Acomete de 1% a 2% da população, afeta ambos os sexos, todas as etnias e pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) Alopecia areata é uma doença inflamatória que provoca queda de cabelo.  Sua característica é ser progressiva resultando frequentemente em falhas circulares sem pelos ou cabelos. A extensão dessa perda varia, sendo que, em alguns casos, poucas regiões são afetadas. Em outros, a perda de cabelo pode ser maior. Há casos raros de alopecia areata total, nos quais o paciente perde todo o cabelo da cabeça; ou alopecia areata universal, na qual caem os pelos de todo o corpo. A alopecia areata não é contagiosa.

 

Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. A evolução da alopecia areata é imprevisível. 

 

O cabelo sempre pode crescer novamente, mesmo que haja perda total. Isto ocorre porque a doença não destrói os folículos pilosos, apenas os mantêm inativos pela inflamação. Entretanto, novos surtos podem ocorrer. Cada caso é único. Estudos sugerem que cerca de 5% dos pacientes perdem todos os pelos do corpo.

 

Entre as possíveis causas do distúrbio, estão fatores genéticos (quando há outras pessoas na família com o problema), imunológicos (fatores genéticos interagem com fatores ambientais, como o estresse ou a presença de micro-organismos, para disparar uma resposta imunológica que lesa o folículo piloso).

 

Em alguns casos, a alopecia areata pode estar associada a enfermidades de natureza imunológica, como tireoidites, diabetes, lúpus, vitiligo, rinites e a outras condições alérgicas.

 

Como fazer o diagnóstico da doença?

Além da boa anamnese e do exame clínico, para o profissional tricologista médico, existe ainda mais uma alternativa diagnóstica muito valiosa: a biópsia. Na suspeita de alopecia cicatricial, o exame anátomo patológico é imperativo para avaliar o tipo de infiltrado inflamatório que está destruindo o folículo. Nos casos suspeitos de Alopecia Areata, o material deve ser coletado em áreas com folículos presentes, preferencialmente na borda das lesões.

 

Outro exame que auxilia muito no diagnóstico diferencial das alopecias é o exame de tricoscopia. É uma técnica simples de consultório que pode ser realizada com dermatoscópio manual ou sistema digital de videodermatoscopia.  Baseia-se na análise das estruturas como hastes capilares, orifícios dos folículos pilosos (pontos), epiderme perifolicular, vasos sanguíneos que podem ser visualizadas com o dermatoscópio que faz um aumento de 10 a 20 vezes o tamanho da lesão.

 

Tratamento da alopecia areata

Diversos tratamentos estão disponíveis para este tipo de alopecia. Medicamentos tópicos como Minoxidil, corticoides e antralina podem ser associados a tratamentos mais agressivos como sensibilizantes (difenciprona) ou metotrexate.

 

No caso de pequenas áreas de alopecia normalmente são injetados corticoides em consultório médico, além da orientação do uso de Minoxidil diariamente pelo paciente. No caso de áreas maiores, pode-se aplicar corticoides no couro cabeludo além de serem usados por via oral.

 

Outros tratamentos para alopecia areata envolvem aplicação de produtos químicos, como antralina, difenilciclopropenona ou dibutilester do ácido esquárico ao couro cabeludo para induzir uma leve reação irritante ou leve reação alérgica que, às vezes, promove o crescimento capilar. Esses tratamentos são em geral administrados a pessoas que apresentam perda de cabelo amplamente disseminada e que não tenham sido beneficiadas por outros tratamentos.

 

Para casos mais graves, as pessoas podem receber metotrexato administrado por via oral. Esse medicamento pode ser combinado com corticoides tomados por via oral. Os medicamentos chamados inibidores da janus quinase (JAK), que são usados no tratamento de outros distúrbios autoimunes e do sangue, podem ser úteis no tratamento de alopecia areata. A opção deve ser realizada pelo dermatologista em conjunto com o paciente.

 

Os tratamentos visam controlar a doença, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Eles estimulam o folículo a produzir cabelo novamente, e precisam continuar até que a doença desapareça.

 

Dra. Simone Neri – DERMATOLOGISTA E TRICOLOGISTA - CRM 80.919

 

Bhte, 04/09/2021

 

 

Problemas dermatológicos causados pelo estresse

Ninguém planejou ficar em casa, afastado de todos. Ninguém planejou perder parte da população mundial por conta de uma pandemia. E, junto a crise pandêmica, outros problemas são acarretados devido ao estresse. Nossa pele e cabelo logo responderam ao nosso humor, e estão sendo muito afetados. Segundo a dermatologista Haline Meneses, os pacientes vêm procurando bastante o seu consultório com queixas capilares e de pele.

Um dos casos mais procurados em seu consultório são os de acne. “Acne tem piorado bastante pelo uso da máscara, o calor causado pelo abafamento da máscara estimula a produção de oleosidade. Mas também pelo estresse, que aumenta os níveis de cortisol, tendo influência direta na inflamação da pele, piora de oleosidade e dermatite seborreica”.

 Estamos percebendo, que pelo uso de máscaras, está surgindo um aumento de espinhas na região da boca, e isso tem incomodado muita gente. Para tratar desse problema, Dra. Haline nos indica o uso de sabonetes e cosméticos que controlem a oleosidade - que ajudam a diminuir o aparecimento da acne, para o controlar o surgimento delas. Ela nos diz que os produtos com ácido salicílico, ácido glicólico, ácido azeláico, ácido retinoico e zinco são ótimas opções. É possível também associar procedimentos no consultório como peelings e lasers que ajudam a desinflamar e uniformizar a pele.

 

           Ainda falando em estresse, esse que ocasiona vários problemas dermatológicos nas pessoas, não poderíamos esquecer do cabelo. Nesses últimos tempos, o aumento de caspa e dermatite seborreica vem aumentando bastante, e a Dra. nos passa algumas dicas de como melhorar esses casos: “Pessoas que tem caspa o ideal é sempre manter o uso de algum shampoo que ajude no controle de oleosidade, mesmo nos períodos em que o couro cabeludo não estiver descamando, isso ajuda a diminuir as crises. Esses shampoos devem conter componentes como ácido salicílico, alcatrão, selênio, enxofre, zinco ou antifúngicos”.

 

           Em casos muito descamativos ou inflamatórios pode-se associar corticoide tópico em forma de solução ou pomada, e para esses casos mais agudos, a pessoa precisa procurar um médico. Outro caso bastante comum é o de queda de cabelo, as pessoas estão perdendo muito cabelo por conta do estresse, o que pode ser realmente desesperador para muitas pessoas, especialmente em situações em que isso pode ocorrer por até seis meses.

 

           Segundo a médica, existem dicas caseiras para evitar queda de cabelo, caspa dentre outras doenças dermatológicas do couro cabeludo. “Existem diversas receitas caseiras que podem auxiliar na parte cosmética do fio, ajudando o fio a ficar mais sedoso e forte. Uma das que eu mais gosto é misturar o gel da babosa, óleo de coco e abacate e deixar no cabelo umas 2 horas. A babosa ajuda na produção de colágeno, ajudando a fixar o fio no couro cabeludo e possui enzimas que auxiliam na renovação celular, boa também para o controle da caspa. O óleo de coco é rico em ácido graxos e vitamina, conseguindo agir no córtex do fio, camada um pouco mais interna”, explica a dermatologista Haline Meneses.

 

 

Bhte, 02/03/2021

Dermatologista alerta para perigo de negligenciar unhas e cabelos fracos 


Mais que uma questão de estética, Dr. Rafael Soares alerta que fraqueza pode ser sinal de doenças graves 


Importantes para a autoestima de homens e mulheres, unhas e cabelos não dizem respeito apenas ao autocuidado ou à vaidade — aspectos deles podem comunicar que algo no organismo não vai bem. O médico dermatologista pela Associação Médica Brasileira (AMB), Dr. Rafael Soares aponta que patologias da tireoide classicamente acometem as unhas e os cabelos. Em paralelo, algumas doenças cardiopulmonares e renais também podem afetar a resistência de unhas e cabelos. 


O melhor tratamento? A prevenção. O dermatologista aponta que, por ser um cuidado que deve vir de dentro para fora, o segredo para unhas e cabelos saudáveis está, principalmente, na qualidade da alimentação ingerida. “Uma dieta inflamatória e pobre em nutrientes pode ser catalisadora de cabelos e unhas doentes e frágeis. Por isso, caso necessário, um bom nutrólogo ou nutricionista pode ajudar muito na construção de uma alimentação adequada e saudável”, diz. 


Outro ponto ressaltado por ele é o acompanhamento frequente não apenas com um profissional da nutrição, mas também com um dermatologista de confiança, para evitar ou investigar possíveis doenças relacionadas. “Evitar traumas também é fundamental, seja aquecendo demais os fios ou abusando de químicas, no caso dos cabelos. Para as unhas, o cuidado é mantê-las curtas, caso tenha uma ocupação que impeça evitar traumas”, alerta Dr. Rafael Soares. 


Confira os principais mitos e verdades elucidados pelo dermatologista: 


Casca de cavalo e bases fortificadoras tem efeito endurecedor e fortificante nas unhas?  


Mito. Essas bases costumam ter formol ou formaldeído, componentes que dão a impressão de endurecer as unhas, mas as desidratam. Unhas desidratadas são frágeis e quebradiças, além de ficarem esbranquiçadas. 


Tirar as cutículas faz mal às unhas? 


Verdade. As cutículas são um tipo diferenciado de pele que tem como função proteger a transição entre pele e unhas. Removê-las gera uma área de risco para entrada de microrganismos, e, por isso, aumenta risco de infecção em volta das unhas, conhecida como perionique ou perionixe. 


Existem alimentos que aumentam a saúde de unhas e cabelos e os tornam mais “fortes”? 


Parcialmente. Existem alimentos que podem ajudar nesse quesito, mas nada que seja de grande impacto. Alimentos ricos em silício, como maçã, repolho, cereais, sementes oleaginosas e peixes, podem ajudar na força e resistência dos cabelos e das unhas. Já os abundantes em aminoácidos da queratina também ajudam no mesmo propósito, e são semelhantes aos anteriores, mas somam-se os derivados de leite. 


Lavar os cabelos à noite propicia a proliferação de fungo e bactérias no couro cabeludo? 


Controverso. É fato que dormir com cabelo úmido e não higienizado aumenta a proliferação de microrganismos, porém, não há clara definição se dormir com o cabelo úmido após lavagem adequada com shampoo específico para cada pessoa também aumenta esta proliferação. 


Estresse atrapalha o crescimento dos fios? 


Atrapalha, e muito! O estresse leva ao aumento de um hormônio que chama cortisol, que quando persistentemente em altos níveis, leva ao desenvolvimento de pelos em áreas pouco desejadas como face, costas e abdômen, enquanto promove queda dos cabelos do couro cabeludo e causa fragilidade nas unhas.

 

Bhte, 25/07/2020

Pesquisa analisa o perfil epidemiológico do carcinoma basocelular na região

Incidência em municípios da foz do Rio Itajaí é 363% maior do que a estimada em nível nacional


Itajaí - Uma pesquisa realizada no Mestrado em Saúde e Gestão do Trabalho da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) analisou o perfil epidemiológico do carcinoma basocelular (CBC), nos municípios da Foz do Rio Itajaí, no ano de 2018. O estudo identificou a incidência de 289 casos por 100 mil habitantes, no período e região analisados, taxa 363% maior do que a estimada incidência nacional e 215% maior do que a estadual (134 e 79,4 por 100.000 habitantes, respectivamente).

 Carcinoma.jpg

O trabalho é de autoria do mestrando Théo Nicolacópulos, médico dermatologista, e foi realizado como pesquisa para conclusão do curso, sob orientação da professora Tatiana Mezadri. De acordo com o autor, o carcinoma basocelular é a neoplasia maligna mais comum nas pessoas e há um evidente aumento na sua incidência, especialmente nos países com população predominantemente caucasiana. Consiste em um carcinoma epitelial cutâneo assintomático e de baixa mortalidade, com crescimento indolente e raro potencial metastático. Porém, ele alerta que a o CBC tem capacidade de invasão local e possui alta morbidade, ou seja, pode gerar resultados negativos importantes tanto cosméticos quanto funcionais aos pacientes.

A pesquisa levantou a taxa de incidência e o perfil epidemiológico do carcinoma em laudos histopatológicos dos dois laboratórios de patologia da cidade de Itajaí, que é polo regional de saúde e referência neste serviço especializado para as outras dez cidades pertencentes à região da Foz do Rio Itajaí. As análises consideraram as seguintes variáveis: sexo, idade, subtipo histológico, localização e comprometimento de margens cirúrgicas.

Identificou-se 2.019 lesões no período observado, calculando-se coeficiente de incidência de 289 casos para cada 100 mil habitantes da região. O estudo evidenciou a média de idade ao diagnóstico de 14 a 65 anos e predominância de acometimento ao sexo masculino (52,6%). A localização mais frequente foi a face (55,1%) e o subtipo mais comumente verificado foi o nodular (65,6%). O comprometimento de margens cirúrgicas foi verificado em 11% dos laudos, com predomínio da positividade em margens periféricas (73,7%).

“A alta incidência de carcinoma basocelular na região da Foz do Rio Itajaí serve de alerta aos profissionais e gestores de saúde quanto à importância da prevenção e do diagnóstico precoce, para que haja tratamento adequado com melhor prognóstico e menores custos aos sistemas de saúde", ressalta o médico, autor da pesquisa.

 

03, outubro, 2019

OUTUBRO: MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO DA PSORÍASE

 

Data promove conhecimento sobre a doença que afeta todos os anos 2 milhões de pessoas

 

 

A Psoríase é uma condição inflamatória de pele crônica e não contagiosa. Geralmente de aparência escamosa, se apresenta em forma de manchas vermelhas e altas devido à incapacidade de eliminação de células mortas na região afetada. A doença é cíclica e apresenta sintomas que aparecem e desaparecem periodicamente sem motivo aparente. Como suas causas permanecem desconhecidas, não existe cura para a Psoríase, mas seu tratamento com medicações específicas tem obtido um resultado expressivo. 

O mês de conscientização da doença tem como principal objetivo informar e conscientizar tanto o portador quanto a sociedade. O desconhecimento em relação ao assunto é uma das principais causas de constrangimento que podem ser vivenciadas pelos acometidos pela condição, tanto pela crença na possibilidade de contágio quanto pelo aspecto que algumas vezes a Psoríase pode apresentar. 

Para o dermatologista Lucas Miranda é preciso informar toda a sociedade sobre o que é a Psoríase: “O estigma relacionado a um desconhecimento da doença causa muitas vezes sofrimento aos portadores. Em algumas situações como uma ida à praia ou à piscina podem gerar sofrimento e isolamento. Saber, por exemplo, que ela não é contagiosa é um dos fatores que promovem um acolhimento maior aos que apresentam uma manifestação mais drástica da Psoríase.” 

Entre as causas mais comuns relacionadas ao desenvolvimento do quadro, o fator genético é predominante e 30 a 40% dos pacientes têm histórico familiar da doença. Outros motivos relacionados ao ressurgimento dos sintomas podem ter ligação com estresse, obesidade, frio, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas.  

Entre as complicações possíveis, a Artrite Psoriática é uma evolução do quadro que acomete de 10 a 42% dos portadores e pode levar, além da dor, a casos de deformações nas articulações. As diferentes manifestações da doença devem ser corretamente diagnosticadas já que apresentam muita similaridade com outras condições como micoses e alergias. 

Procurar um médico dermatologista é a melhor opção para um diagnóstico adequado já que a escolha dos tratamentos e terapias associadas dependem da identificação e acompanhamento da doença. Dependendo do desenvolvimento do quadro, o médico poderá optar por um tratamento adequado como medicações tópicas, pomadas, medicamentos injetáveis e em alguns casos o uso de exposição à luz ultravioleta A (PUVA) ou ultravioleta B (banda estreita) em cabines.


 

8 de novembro de 2018

Psoríase Brasil reúne Frentes Parlamentares em Brasília, na quarta (07/11)


Após anos de pressão junto ao Ministério da Saúde, ONG consegue aprovar a incorporação dos medicamentos biológicos pelo SUS e planeja novas ações para 2019 em prol dos pacientes com psoríase e artrite psoriásica

A direção da Psoríase Brasil, associação sem fins lucrativos de atuação nacional, reuniu na manhã da última quarta-feira (07/11), em Brasília, membros da Frente Parlamentar (FP) Mista do Congresso Nacional pela causa da Psoríase e Artrite Psoriásica, da FP de Porto Alegre (RS) e de Esteio (RS) para fazer o balanço das atividades de 2018 e planejar as futuras ações em prol dos pacientes. Este ano, após forte campanha e pressão junto ao Ministério da Saúde para a aprovação dos medicamentos biológicos a serem ofertados gratuitamente pelo SUS aos pacientes com psoríase grave, a ONG conseguiu vencer uma longa batalha com a aprovação, em 30/10, de incorporação desses medicamentos. O encontro desta manhã teve como pauta as novas ações da Associação e das Frentes Parlamentares pela causa.


A luta, que já se arrastava há anos, contou com o apoio das Frentes Parlamentares e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para o parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias pelo SUS (CONITEC) para que pacientes com um alto grau da doença tenham direito e acesso aos tratamentos biológicos. Os medicamentos biológicos são terapias de última geração até então disponíveis apenas aos pacientes com artrite psoriásica, que é um grau avançado da doença quando a mesma atinge as articulações e compromete ainda mais a saúde. De acordo com o Comitê Científico da Psoríase Brasil, cerca de 30% dos pacientes com psoríase grave necessitam esse tipo de terapia até então indisponível devido ao alto custo dos medicamentos. Embora tenham valores elevados, as medicações são imprescindíveis para determinados casos. As Portarias do Ministério (50, 51, 52 e 53)  assinadas em 30/10 pelo Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marco Antônio de Araújo Fireman, tem prazo de 180 dias para que os medicamentos (quatro no total) estejam disponíveis na rede pública.

No Café da Manhã das Frentes Parlamentares, a presidente da Psoríase Brasil, Gládis Lima, destacou a importância de estarem sendo formadas Frentes Parlamentares no País. “Desde 2017, quando implantamos a primeira FP Mista no Congresso Nacional, nossa causa ganhou ainda mais força. Este ano, as cidades de Esteio (RS) e Porto Alegre (RS) também entraram com força. Inclusive estamos realizando ações conjuntas com os dois municípios gaúchos, como um projeto piloto de capacitação a médicos e agentes de saúde, em Esteio (RS). No Sul, as FPs são presididas pelos vereadores José Freitas (PRB/Porto Alegre) e Fernanda Fernandes (PP/Esteio). Com a troca da atual legislatura no Congresso Nacional, a presidente Gládis Lima convidou o deputado gaúcho Carlos Gomes (PRB/RS) para presidir a Frente Mista do Congresso Nacional a partir de 2019. Ao aceitar, o deputado destacou a importância da união das esferas públicas. “Nós não precisamos ter psoríase para lutar por uma causa tão nobre. Para mim será uma alegria e uma honra.  Vou trabalhar e fazer o necessário para articular políticas públicas dos governos federal, estadual e municipal”, anunciou Carlos Gomes.

 

Julho 5, 2017

Criança pode ter urticária crônica. Como identificar, alimentos e drogas


Urticária em fotos crianças

Pele com urticária

Nas crianças pequenas é mais comum a urticária aguda, enquanto a crônica é mais prevalente a partir da idade escolar.

As causas mais comuns da urticária aguda são:

- Alimentos (nas crianças pequenas, leite de vaca, ovo, soja, amendoim e trigo. Nas maiores: frutos do mar, nozes e castanhas)
- Medicamentos (em especial: analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos)
- Infecções (causadas por vírus ou bactérias)

Embora popularmente seja muito lembrada, a urticária causada por corantes e aditivos alimentares não é tão comum como parece.

“Em algumas crianças, a combinação entre a infecção viral e o uso de medicamentos, principalmente os analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais (AINH), podem desencadear o quadro de urticária”, explica a Dra. Solange Valle, especialista do Departamento Científico de Urticária da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

A médica conta que a urticária crônica é mais frequente em adultos, levando a pensar que não ocorra na criança. Na verdade, existem poucas informações sobre a sua prevalência na infância. No Reino Unido a frequência varia de 0,1% a 3%. Destas, 50 % a 80% podem estar associadas com angioedema (inchaço). A maioria das informações são indiretas e extrapoladas dos adultos.

A urticária crônica nas crianças pode comprometer a qualidade de vida, afetando a relação com o meio social, acarretando falta às aulas e prejuízo no aprendizado e aos pais de deixarem de trabalhar.

Diagnóstico da urticária infantil

O diagnóstico é clínico, ou seja, se baseia na avaliação feita pelo médico, baseado na história, exame físico e, se necessário, exames complementares.  Não há um teste ou exame definitivo para fazer o diagnóstico da urticária.

A história clínica detalhada é o principal meio de diagnóstico. São considerados dados importantes como: tempo de início, frequência e duração das lesões; presença de outros sintomas, edema (inchaço), outras alergias ou infecções; ingestão de alimentos; relação com agentes físicos ou exercícios; uso de medicamentos; estresse, entre outros.

A urticária aguda na grande maioria das vezes não necessita de exames complementares, sendo mais necessários nas formas crônicas.


Tratamento da urticária na infância

 

Cuidados gerais

- Identificar e remover a causa;

- Orientar sobre a doença;

- Tratar sintomas associados

- No caso de alimento, retirada completa do alimento causador

- Combater agentes infecciosos, parasitários e doenças associadas


Uso de medicamentos

A medicação tem objetivo de aliviar os sintomas e os anti-histamínicos (antialérgicos) são a base para tratar a urticária nas crianças. Recomenda-se, preferencialmente, os produtos modernos conhecidos como anti-histamínicos de segunda geração como a primeira opção de tratamento.

“Cetirizina, levocetirizina, desloratadina, fexofenadina e loratadina estão aprovados para o uso pediátrico. Todos são eficazes e bem tolerados. Crianças com urticária de difícil controle podem ser tratados com doses de até quatro vezes as preconizadas, com bons resultados, mas sempre com orientação médica”, alerta Dra. Solange.

O uso de corticoides não é uma rotina, sendo restrito apenas aos casos necessários, ou seja, nas exacerbações e por períodos curtos de tempo. Recentemente foi lançado para tratar os casos de urticária crônica espontânea um anticorpo monoclonal (omalizumabe), mas  este está indicado apenas para crianças maiores de 12 anos de idade.

 


Dicas finais


- Urticária não é contagiosa e não "pega".

- Não há necessidade de dieta, a menos que o médico indique.

 - Corantes e conservantes não são causas mais comuns de urticária. Cada criança deve receber uma orientação específica para seu caso. 

 - A medicação deve ser mantida pelo tempo indicado pelo médico.

- Evite parar de usar o remédio para "testar" o efeito.

 


Aos pais:

- Aproveitem o momento da consulta para esclarecer dúvidas.

- Se houver dúvidas quanto à causa, recomenda-se fazer um "diário" onde devem ser anotados alimentos, medicamentos e hábitos da criança.

- Evitar medidas ou tratamentos caseiros.


Sobre a ASBAI
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações regionais em 21 estados brasileiros.

Leia e sempre que possível deixe seu comentário. Obrigado Marcelo Editor e jornalista - MTb 16.539 SP/SP



Leia a revista Jornal de Saúde digital e participe da Campanha

 

Jornal de Saúde - Todos os Direitos Reservados a Marcelo dos Santos-ME

Provisório: Rua Além Paraíba, 215 - Bairro Lagoinha - BH/MG.

e what sapp 31 9923-24188/97110-6665

contato

Entre em Contato com o Jornal de Saúde

contato@jornaldeaude.gmail.com

contato: contato@jornaldeaude.gmail.com

celular wha sap: 31-9711066665