Fome fisiológica x fome psicológica
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E N D O C R I N O L O G I A |
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Diabetes infantil: silenciosa, a doença na infância tem Endocrinologista do Vera Cruz Hospital esclarece as principais dúvidas
Dezembro, 2024 – Casos de diabetes diagnosticados em pacientes pediátricos têm crescido em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima 98 mil novos casos em crianças e adolescentes ao ano. Fato que exige atenção redobrada de pais e responsáveis, já que alguns sintomas podem passar despercebidos e/ou serem confundidos com outras doenças. Porém, as sequelas ao longo da vida podem ser graves e o diagnóstico precoce e início de cuidados podem evitar complicações. A médica endocrinologista infantil Adriana Aun, do Vera Cruz Hospital, em Campinas, esclarece as principais dúvidas sobre o assunto.
1 – Quais sintomas podem dar indícios da doença na infância? “Os sintomas do diabetes na infância são sutis e muitas vezes passam despercebidos pelos pais até que a doença se agrave e se torne necessário um atendimento médico de urgência”, diz a endocrinologista. Por isso a família precisa estar atenta aos seguintes sintomas:
2 – Quais são os tipos de diabetes mais comuns entre crianças e adolescentes? O diabetes mais comum da infância é o Diabetes Mellitus do Tipo 1 (DM1), que se origina da falta de produção de insulina pelas células do pâncreas (chamadas células beta). Porém, nas últimas décadas tem sido registrado um número crescente de pacientes pediátricos com o Diabetes Mellitus do Tipo 2 (DM2), estando associada à obesidade infantil.
3 – Qual é a diferença entre o diabetes Tipo 1 e Tipo 2? A diferença entre um tipo e outro é a razão pela qual ocorre a deficiência na produção de insulina e o excesso de açúcar no sangue. No caso do tipo 1, é decorrente de um processo autoimune, quando o corpo produz anticorpos contra as células beta pancreáticas, levando à deficiência de insulina. Envolve fatores genéticos. Já no tipo 2, podemos dizer que também existe uma grande influência do fator genético somado ao sedentarismo e à obesidade. Este tipo de diabetes acomete 90% dos pacientes adultos.
4 - A partir de qual idade o diabetes pode se manifestar? Pode surgir em qualquer idade, mas a maior incidência tem sido observada durante a fase da adolescência.
5 - Como é feito o diagnóstico? O diagnóstico é feito por exame de sangue, com o objetivo de medir dosagem de açúcar (glicemia) presente no sangue. “É considerado diabetes se a glicemia for maior que 200mg/dL, avaliado num momento qualquer do dia. Quando dosada após um período de 8 horas de jejum, a glicemia maior que 126mg/dL pode ser indício de diabetes. Além da dosagem da glicemia, a avaliação da hemoglobina glicada (que seria o acompanhamento da dose de açúcar no sangue por um período de três meses) é uma ferramenta auxiliar no diagnóstico, que aponta para a presença de diabetes quando a média é maior que 6,5%”.
6 - Como é o tratamento do diabetes infantil? É diferente do tratamento em adultos? Não há diferença entre o tratamento do diabetes infantil ou adulto. O que difere é o tratamento conforme o tipo de diabetes. “O tratamento do tipo 1, é feito com a reposição da insulina, um hormônio anabólico, que tem a função de regular a quantidade de açúcar presente no sangue. Este hormônio é produzido pelo pâncreas, mas no caso de quem tem a doença, o órgão produz abaixo do necessário e por isso é preciso repô-lo por meio de injeções subcutâneas”, explica. “O tratamento do tipo 2 é feito com medicamento oral (hipoglicemiantes) e mudanças de hábitos, como alimentação e atividades físicas, que promovam a perda de peso”, completa.
7 - O diabetes tem cura? O diabetes é uma doença que não tem cura. “Muitos estudos têm sido desenvolvidos nas últimas décadas em busca da cura e alguns avanços já foram conquistados. Atualmente, no caso do tipo 1, existem grandes expectativas no campo das pesquisas com células-tronco”, diz a médica sobre as boas-novas. Também é válido salientar que no caso do tipo 2, com diagnóstico precoce e mudanças no estilo de vida, principalmente o emagrecimento, é possível ter um ótimo controle da doença.
8 - Quais são as principais orientações para evitar o desenvolvimento do diabetes infantil e como os pais/responsáveis podem auxiliar? Não há maneiras de prevenir o desenvolvimento do diabetes tipo 1 já que tem origem genética; mas há como evitar que o diabetes seja diagnosticado num contexto clínico grave, reconhecendo precocemente os sintomas. A maior mortalidade pelo tipo 1 se dá no atraso do diagnóstico e no uso inadequado de insulina. Já o diabetes tipo 2, visto nos adolescentes, pode sim ser evitado, com medidas de prevenção à obesidade, prática de atividade física e bons hábitos alimentares.
9 – Se o diabetes não for tratado, quais complicações pode gerar? O diabetes causa aumento da glicemia, que se não tratado, pode trazer riscos, como:
10 – Como a família pode contribuir com o tratamento? São diversas maneiras de ajudar para que essa criança tenha uma melhor qualidade de vida:
“De modo geral, o diabetes impacta na vida de toda a família exigindo a mudança do estilo de vida não apenas do paciente, mas de todos. E isso é fundamental para o tratamento, qualidade de vida e prevenção de complicações em longo prazo”, conclui a médica.
Sobre o Vera Cruz Hospital Há 81 anos, o Vera Cruz Hospital é reconhecido pela qualidade de seus serviços, capacidade tecnológica, equipe de médicos renomados e por oferecer um atendimento humano que valoriza a vida em primeiro lugar. |
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Bhte, 27/08/2021
OBESIDADE: Especialista explica manejos nutricionais para pacientes submetidos à gastroplastiaNutricionista da Sodexo On-site Brasil indica as dietas a serem seguidas após uma cirurgia bariátrica
São Paulo, agosto de 2021 – Nos últimos anos, a obesidade tem se tornado um grave problema de saúde pública que acarreta custos tanto para pacientes como para instituições de saúde. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, divulgada pelo IBGE, a proporção de obesos mais que dobrou no País entre 2003 e 2019, considerando a população com 20 anos ou mais. O número saltou de 12,2% para 26,8% nesse período. A obesidade é uma condição de saúde crônica universal, que envolve componentes genéticos, psicológicos, sociais, metabólicos e endócrinos. Ainda de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, em 2019, uma a cada quatro pessoas com 18 anos ou mais estava obesa no País, o que representa 41 milhões de pessoas (14% dos mais de 213 milhões de brasileiros). Um dos recursos existentes para ajudar a melhorar a saúde de pessoas com obesidade e, consequentemente, aumentar a sua qualidade de vida é a Gastroplastia, também conhecida como cirurgia bariátrica. A técnica consiste em realizar uma plástica no estômago que pode ser para diminuição do tamanho do órgão ou da ingestão, gerando uma redução nos índices de mortalidade e na incidência de comorbidades resultantes de complicações do sobrepeso. Com o avanço da técnica, bem como da medicina, e com o intuito de amenizar os problemas da obesidade, tem sido notado um aumento da indicação médica por esta cirurgia. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), em 2019 foram realizados 68.530 procedimentos, 7% a mais do que em 2018. O total de cirurgias realizadas em 2019 representa apenas 0,5% da população de portadores de obesidade grave, que atinge cerca de 13,6 milhões de pessoas com indicação de tratamento cirúrgico. Ainda de acordo com os dados levantados pela SBCBM, o sistema público de saúde realizou 12.568 intervenções, representando um aumento de 10,2% em relação a 2018. Já na rede privada, foram realizadas 55.962 cirurgias bariátricas, indicando um crescimento de 6,4% se comparado ao ano anterior. Entretanto, após a realização da cirurgia, o paciente precisa ser acompanhado. “O tratamento para sucesso desse procedimento é muito mais do que “operar”, ele envolve os cuidados e a participação de endocrinologistas, nutrólogos, psiquiatras, cardiologistas, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, que irão orientar e ajudar o paciente a se alimentar de forma nutritiva e balanceada. Essa atuação conjunta, além de evitar complicações cirúrgicas, proporciona bem-estar ao combinar uma vida saudável à gastroplastia”, explica Paula Quitério, nutricionista, pós-graduada em Saúde Nutricional e coordenadora clínica da Sodexo On-site Brasil. Entendendo a necessidade de contribuir com sua expertise em alimentação, para promover mais saúde para as pessoas no dia a dia e ajudar na recuperação de pacientes que realizaram intervenções cirúrgicas como a Gastroplastia, a Sodexo On-site Brasil, líder em serviços de Qualidade de Vida, reuniu orientações para apoiar os cuidados pós-operatórios. Primeira fase – dieta líquida Esta fase compreende as duas primeiras semanas após a cirurgia e caracteriza-se como uma fase de adaptação. A alimentação é liquida e em pequenos volumes (em torno de 50 ml por refeição a cada 30 minutos). Para evitar deficiências nutricionais, o uso de suplementos em pó deve ser iniciado desde os primeiros dias desta fase.
Segunda fase – dieta pastosa Nesta fase ocorre a inclusão de alimentos na consistência de cremes e purês. O objetivo principal é manter o repouso gástrico e iniciar a transição para dieta branda, que exigirá uma mastigação exaustiva. O tempo médio de duração desta segunda fase deve ser de 7 a 10 dias. Nela, o paciente além de identificar possíveis intolerâncias alimentares, deve ser orientado a iniciar sua refeição sempre pela fonte de proteína.
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Terceira fase – dieta branda Aqui, a seleção dos alimentos é de fundamental importância. Devem-se priorizar opções mais nutritivas, incluindo fontes diárias de proteínas e ferro (como carnes moídas e desfiadas), cálcio (leite e derivados) e vitaminas (frutas e vegetais cozidos). O paciente deverá receber um treinamento para aprender a identificar os alimentos mais ricos nestes nutrientes e escolher as principais fontes de minerais e vitaminas para compor suas refeições diárias. Essa fase dura, em média, 15 dias.
Quarta fase – dieta geral Nesta fase, o paciente já pode selecionar os alimentos que lhe tragam mais conforto, satisfação e qualidade nutricional. Normalmente, pacientes mais ansiosos, que não reaprenderam o processo de mastigação lenta, tendem a apresentar desconforto e até vômitos dependendo do tipo de alimento utilizado. “O mais importante é seguir com o trabalho de uma alimentação nutritiva e balanceada para obter os melhores resultados e prolongar os efeitos positivos da cirurgia. O paciente precisa ter a consciência de que se mantiver uma vida saudável daqui para frente, todo o esforço do pós-operatório será compensado e ele terá uma vida com mais qualidade”, afirma Paula Quitério.
Lembrando que o tempo de transição de cada fase pode variar de acordo com o tipo de procedimento realizado e se houve ou não complicações cirúrgicas que podem impactar na introdução dos alimentos, pois não existe uma regra de quanto tempo cada fase deve durar, o que existe é um tempo pré-determinado para mudança das fases. Então é muito importante seguir corretamente as condutas indicadas pelos profissionais responsáveis. Para conhecer mais sobre os serviços especializados de Gastronomia Clínica da Sodexo On-site acesse: https://br.sodexo.com/segmentos/saude/servicos-de-alimentacao/gastronomia-clinica.html
Com mais de 50 anos de expertise em todo o mundo – 40 anos só no Brasil – a Sodexo On-Site Brasil é líder em Serviços de Qualidade de Vida, oferecendo uma ampla gama de soluções integradas que contribuem para o bem-estar e eficiência de diversas organizações e instituições em todo o país. Sustentada nos valores: Espírito de Equipe, Espírito de Serviço e Espírito de Progresso, a trajetória Sodexo é baseada no propósito de melhorar o dia a dia das pessoas em todos os sentidos. Presente em todo o território nacional, opera com uma plataforma global de Food (Alimentação) e FM (Facilities Management) responsáveis pela padronização de serviços, treinamentos, segurança do trabalho, segurança dos alimentos e auditorias técnicas. Tudo para oferecer de forma especializada e integrada as melhores soluções, com equipes de profissionais preparados e experientes em diversas áreas de atuação. Destaques da Sodexo On-Site Brasil (dados de 31 de agosto de 2020) § Opera em mais de 2.000 sites em todo o país; § Mais de 42 mil colaboradores; § 1,5 milhão de consumidores servidos diariamente; § Líder em seu setor no índice Dow Jones de sustentabilidade pelo 15° ano consecutivo; § Foi incluída pelo 12º ano consecutivo no Anuário de Sustentabilidade 2020 da RobecoSAM: § Signatária do Pacto Global da ONU desde 2015. Principais conquistas: Principais conquistas:
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Alimentação escolar para enfrentar a obesidade infantil
“Alimentação escolar: desdobramentos do combate à obesidade infantil” será tema de live que o Painel Brasileira da Obesidade promove com Elisa Mendonça, Analista em Saúde do Instituto Desiderata, nesta quinta, 19/08, 11h. Assista e participe por aqui https://www.youtube.com/watch?v=GbtSmwYR0xo
De acordo com os realizadores, recentemente, o Instituto Desiderata, apoiado por outras organizações e grupos relacionados, iniciou uma campanha em relação ao Projeto de Lei 1662/2019 que está tramitando na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. O PL institui ações de combate à obesidade infanto-juvenil, através da promoção de ambientes saudáveis em escolas públicas e privadas no Município do Rio de Janeiro, do estabelecimento de normas para exposição de alimentos ultraprocessados no comércio varejista e da criação de incentivo ao aleitamento materno como estratégias de proteção do direito à saúde de crianças e jovens.
O Painel Brasileiro da Obesidade é uma iniciativa realizada pelo Instituto Cordial em parceria com a World Obesity Federation, Abeso, ACT, Nebin/UERJ e LaVa/UERJ que tem como objetivo mapear e compreender os diversos fatores, perspectivas e dados relacionados à obesidade no Brasil, identificando e aproximando nichos e agendas atualmente segregadas que possam vir a atuar em sinergia para futuras estratégias e protocolos integrados. A iniciativa é patrocinada pela Novo Nordisk.
Acompanhe o PBO nas redes: @painelobesidade
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Bhte, 18/06/2021
ARTIGO Especialista em cirurgia vascular PRECISAMOS FALAR SOBRE O LIPEDEMA
*Por Alexandre Amato Junho é o mês de conscientização do lipedema, doença muito comum, porém deixada em segundo plano nos cuidados com a saúde da mulher – uma patologia quase que exclusivamente feminina, atualmente atinge mais de 11% das mulheres em todo o mundo.
E o que exatamente é lipedema? Tão pouco mencionado na mídia e com pouca fama, o lipedema é uma patologia crônica do tecido adiposo e linfático. Bem diferente de uma “gordurinha sobrando”, é um tumor de gordura que atinge extremidades inferiores do corpo, como pernas, joelhos e coxas – raramente ele surge também nos braços.Como uma resposta à profusão dos hormônios femininos, principalmente na puberdade, gravidez e menopausa – quando há grande quantidade de hormônios em ação – o corpo desenvolve células de gordura doente.
Por ser resultado de uma condição genética, com incidência familiar entre 16% a 45%, muitas mulheres acreditam que se trate de uma questão de composição corporal, aceitando o problema como característica da família. Como os nódulos de lipedema são muito sensíveis ao toque, causando hematomas frequentes nas pernas, muitas mulheres, mesmo com muita dor, não se dão conta de que podem buscar ajuda e um tratamento adequado. Além disso, o lipedema também pode ser responsável por cansaço em excesso – principalmente se a mulher passar muito tempo em pé - e, com o tempo, pode levar a uma redução considerável da mobilidade. Aqui é onde começa o grande problema.
Embora o diagnóstico precoce seja essencial para o tratamento desta patologia, que já não é de fácil diagnose, nem todos os médicos têm familiaridade com a doença. Muitos confundem lipedema com linfedema e obesidade. Por isso, a conscientização é tão importante e procurar um especialista no assunto é essencial. O lipedema é uma gordura doente, que não é eliminada mesmo com dieta e exercícios físicos, sendo essa a principal diferença entre a doença e a simples obesidade.
Precisamos falar mais sobre este tema e orientar as pessoas na busca adequada por tratamento. Afinal, esta é a única saída para a qualidade de vida da paciente, considerando que até o momento não há cura identificada e, em se tratando de uma doença genética, não há nenhum tratamento que exclua do corpo o gene causador do problema.
Existem duas principais formas de se tratar o lipedema. A primeira, que é o tratamento clínico, envolve a prática diária de exercícios físicos, a adoção de uma alimentação saudável, o uso de roupas de compressão e drenagem linfática e eventual uso de medicamentos a depender do caso. Outra forma de lidar com a patologia é via procedimento cirúrgico, com lipoaspiração, que nada mais é do que a retirada da gordura doente em excesso da região dos membros inferiores. A cirurgia, no entanto, não elimina a doença por completo. Além disso, há um limite de gordura a ser aspirado e o resultado do procedimento varia de acordo com cada paciente. Desta forma, o tratamento cirúrgico não deve ser a única opção de tratamento indicada ou escolhida pela paciente, que precisa associar o procedimento à adoção de práticas saudáveis no dia a dia e ao tratamento clínico, porque o lipedema frequentemente volta quando não se tem esses cuidados.
Assim, a mulher deve fazer uma escolha bem pensada, sabendo dos resultados esperados de cada procedimento aos quais ela, em parceria com seu médico de confiança, opte por se submeter, permanecendo sempre ciente de que nenhum deles é definitivo. O tratamento é eficaz para evitar a progressão da doença e ajuda a manter a qualidade de vida da paciente.
* Alexandre Amato é cirurgião vascular, especialista em lipedema e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro, a Unisa
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Bhte, 05/03/2021
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Um terço da população mundial é obesa, diz OMSA condição, que evolui para sérias comorbidades, afeta quase 28% das pessoas no Brasil Considerada a maior epidemia não infecciosa do planeta, a obesidade acomete cerca de 30% das pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, a doença atinge uma média de 26,8% da população, de acordo com dados mais recentes do IBGE. Iniciada geralmente na infância, a tendência é que a condição evolua para casos graves. Os tratamentos vão de intervenção clínica, com atendimento multidisciplinar e medicamentos, a cirurgias metabólicas e bariátricas.
“É uma doença considerada progressiva, com cada vez mais casos, no Brasil e no mundo. Ela traz uma série de comorbidades: diabetes, hipertensão, cirrose hepática, refluxo, problemas articulares, hormonais, sexuais e assim por diante”, alerta o cirurgião do aparelho digestivo especialista em cirurgia bariátrica do Hospital Brasília Luiz Fernando Córdova.
De acordo com o médico, há um preconceito muito grande que, aliado à falta de informação, contribuem para a procura tardia do tratamento contra a obesidade e consequentemente aumentando as estatísticas. Luiz Fernando ainda aborda que muitas pessoas pensam ser apenas uma questão de emagrecimento, e que isso irá prevalecer para o resto da vida.
“Nós vemos que, com o passar dos anos, a doença se torna mais grave e aparece cada vez mais em jovens. Durante a pandemia, vimos que os pacientes obesos foram os que apresentaram evoluções mais graves da Covid-19. Então, é necessário chamar atenção das pessoas para mostrar que a obesidade é uma doença crônica e que necessita de tratamento”, enfatiza.
Luiz Fernando aponta que atualmente existem tratamentos clínicos bem definidos para alguns grupos. Outros irão necessitar de intervenção cirúrgica. Atualmente, segundo o médico, existem cinco tipos de cirurgias reconhecidas. São elas com nomes técnicos: Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical , Bypass Gástrico (Cirurgia de Fobi e Capella), Derivação Biliopancreática ou cirurgia de Scopinaro Derivação Biliopancreática com Duodenal Switch.
Segundo a Nutróloga do Hospital Águas Claras Juliana Tepedino apesar de não ser considerada a única forma de perda de peso, a cirurgia bariátrica vem se mostrando uma estratégia extremamente eficaz para perda de peso a curto e longo prazo. A médica destaca ainda que há uma melhora nas doenças associadas e redução da mortalidade associada a obesidade em 10 anos.
“Ainda assim, deve-se observar de perto quem realmente precisa da intervenção cirúrgica para o controle da obesidade. Pessoas que possuem limitação intelectual significativa; doenças genéticas; pacientes sem suporte familiar adequado; quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso contínuo de álcool ou drogas ilícitas, não são candidatos a cirurgia bariátrica. A presença destas condições deve ser estudada clinicamente por equipe multiprofissional com cirurgião, endocrinologista, nutricionista, psicólogo e psiquiatra, se necessário”, aponta a médica.
Cirurgia Bariátrica ou Metabólica?
Atualmente, existem dois tipos de intervenções cirúrgicas para reduzir a obesidade no paciente: a bariátrica e a metabólica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), estão aptos a fazer bariátricas pacientes com IMC acima de 40 kg/m², independentemente da presença de comorbidades; IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades; IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.
A cirurgia metabólica é indicada para pacientes com diabetes mellitus (tipo 2). O IMC dessas pessoas também varia entre 30 Kg/m2 a 35 Kg/m2.
A SBCBM salienta que também é importante observar a idade destes pacientes. Em geral, pessoas entre 18 e 65 anos não possuem restrições para a realização de cirurgia bariátrica. Acima de 65 anos, é necessária uma avaliação diferenciada. Já para a intervenção em pacientes com menos de 16 anos, é necessário o consentimento e adesão familiar ao tratamento.
Para a cirurgia metabólica, é necessário avaliar alguns critérios, como por exemplo a falta de resposta ao tratamento clínico. A SBCBM recomenda que a idade mínima seja de 30 anos e máxima de 70 anos, com menos de dez anos de diagnóstico de diabetes.
Com a passagem do Dia Mundial da Obesidade em 4 de março, o cirurgião reforça que a maioria das pessoas acham que só pessoas aparentemente muito grandes precisam de tratamento, mas a realidade é outra “Em doenças crônicas pessoas que têm menos tempo de doença são as que devem ser tratados prioritariamente, como forma de prevenção. A obesidade, muitas vezes, começa na infância e o tratamento deve também começar nessa época, com o pediatra. Na adolescência e fase adulta com o endocrinologista. Nos casos que necessitarem de cirurgia, o endocrinologista irá encaminhar para o cirurgião bariátrico. A mensagem que fica é: não deixem passar, não achem que obesidade é só um problema de peso, bom se fosse. Se cuidem e busquem tratamento”, pondera Luiz Fernando.
Para a alimentação antes e depois das cirurgias, Juliana Tepedino informa que deve ser adequada conforme o tipo procedimento que será realizado. “Tipos diferentes de cirurgia levam a diferentes tipos de dieta pós-cirúrgica. Há preocupação extra com tamanho de porções, mastigação, retirada de alimentos ultra processados, aumento do consumo de frutas, verduras e proteínas de boa qualidade (animal ou vegetal). No pós-operatório, recomenda-se ao paciente atividade física e complemento vitamínico, além de acompanhamento com equipe multiprofissional”, finaliza a nutróloga. |
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Bhte, 17, novrmbro, 2020
Dia 14/11 é celebrado o Dia Mundial de Diabetes e a prevenção continua sendo uma forma de se evitar a doença O Diabetes é um importante e crescente problema de saúde para todos os países, independentemente do seu grau de desenvolvimento. Em 2017, a Federação Internacional de Diabetes estimou que 8,8% da população mundial entre 20 e 79 anos (424,9 milhões de pessoas) viviam com diabetes. O ponto de atenção é que, se as tendências atuais persistirem, o número de pessoas com diabetes foi projetado para ser superior a 628,6 milhões em 2045. Pensando nisso, no dia 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial de Diabetes, que tem o objetivo de conscientizar as pessoas sobre as consequências de um não acompanhamento médico e a gravidade da doença. Aumento da prevalência do diabetes O Serviço Farmacêutico Araujo cresce a cada ano. Houve um crescimento de 67% em 2020 no serviço de Hemoglobina Glicada comparado ao ano passado e 55% no Programa de Diabetes
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em Dia. “Esse crescimento é importante na medida em que contribui para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, atuando na prevenção de doenças e promoção da saúde”, completa.Importante salientar que o Serviço Farmacêutico da Araujo tem o objetivo de promover a educação dos pacientes sobre sua condição clínica e tratamento. A ideia é que os farmacêuticos demonstrem aos clientes a importância do autocuidado e sejam facilitadores no monitoramento dos resultados terapêuticos. O serviço é realizado em um ambiente privado e confortável, com um atendimento personalizado. Nesse sentido, o suporte acontece desde a adesão ao tratamento até as possíveis interações medicamentosas, indicadas pelo médico responsável. Praticidade na medição dos níveis de glicose O aumento da prevalência do diabetes está associado a uma série de fatores, como a rápida urbanização, transição epidemiológica, questões nutricionais, falta de atividade física, excesso de peso, crescimento e envelhecimento
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populacional e, também, à maior possamos cuidar das pessoas e fazer um acompanhamento contínuo, de acordo com as orientações de seu sobrevida dos indivíduos com diabetes. A Organização Mundial de Saúde estima que, glicemia elevada é o terceiro fator, em importância, da causa e mortalidade prematura, superada apenas por pressão arterial aumentada e uso do tabaco. Tratamento humanizado e promoção à saúde Vislumbrando esse cenário e a importância dessa temática, a Drogaria Araujo oferece à população um Serviço Farmacêutico especial para esse público – o Diabetes em Dia. O objetivo é detectar rapidamente, orientar e encaminhar as pessoas com alterações dos níveis glicêmicos para o diagnóstico médico e tratamento adequado, sendo mais uma iniciativa de promoção à saúde. Na Drogaria Araujo são oferecidos o teste capilar glicêmico, a Hemoglobina |
Glicada - HbA1c (teste que reflete, software que gera relatórios concisos para auxiliar na análise dos dados da glicose.necessidade das rotineiras picadas no dedo. O sistema FreeStyle Libre também oferece efetivamente, a média de controle glicêmico dos últimos três meses); e o Teste de Glicemia para avaliar o cenário atual de como está o nível de glicose na corrente sanguínea no momento do exame. Após a realização dos testes é liberado para o cliente um laudo com o(s) resultado(s), uma Declaração de Serviços Farmacêuticos (DSF) e um relatório de encaminhamento ao médico para os casos com alterações. “Nosso objetivo é atender as necessidades de nossos clientes no cuidado com a saúde, essa é a nossa missão. Fazemos o atendimento, avaliação, entendemos o histórico, aferimos a pressão e contamos com uma equipe multidisciplinar para a realização desse trabalho. A ideia é acompanhar todo o contexto da doença, desde o atendimento inicial até os retornos das consultas. O serviço existe para que |
médico”, afirma Luciana Oliveira, farmacêutica da equipe do Serviço Farmacêutico da Drogaria Araujo. Já imaginou em não ter que furar o dedo na hora de medir os níveis de glicose? Foi pensando em oferecer mais conforto aos clientes que a Drogaria Araujo oferece um equipamento fácil e prático para este momento. Trata-se do FreeStyle Libre Sensor, o sensor deve ser aplicado na parte posterior superior do braço com um dispositivo simples e descartável chamado "aplicador". Quando o sensor é aplicado, um pequeno filamento estéril e flexível é inserido sob a pele. Ele permanece fixo no local graças a uma camada adesiva. Para fazer a leitura da glicose, basta escanear o sensor com o leitor – um processo rápido e indolor que leva apenas um segundo. Essa leitura fornece mais informações do que o monitoramento realizado através de tiras de teste de glicose sanguínea, sem a um |
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agosto, 27, 2019É preciso tratar da obesidade infantil antes que suas consequências se tornem sistêmicasA cada ano aumentam os índices de obesidade infantil em todo o mundo, fato corroborado em estudo recente divulgado pela Federação Mundial de Obesidade que estima que 268 milhões de crianças e adolescentes devam fazer parte deste índice até o ano de 2025. São dados alarmantes que configuram em uma série de efeitos em cascata na saúde das futuras gerações, como doenças cardiovasculares e renais que precisam ser tratadas ainda na base. É o que alerta a nefrologista pediátrica pela UNIFESP e diretora da MBA Pediatria, Dra. Maria Cristina Andrade. As consequências também são antecipadas pela mesma pesquisa, pontuando que a partir do aumento da obesidade infantil já é possível prever cerca de 28 milhões de futuros hipertensos, 39 milhões de portadores de gordura no fígado e 4 milhões de portadores de diabete tipo 2. “E para além das consequências citadas pela pesquisa e que poucos sabem, existe o fato de pessoas obesas desenvolverem uma hiperfiltração compensatória para equilibrar seu metabolismo, gerando esforço dos rins com possibilidade de comprometimento crônico, por lesão ou perda da função”, contextualiza a doutora Maria Cristina. As DRC’s, como são chamadas as Doenças Renais Crônicas, explica a nefropediatra, não são curáveis e seus portadores podem precisar de cuidados para o resto de suas vidas. “Além disso, a doença pode evoluir para a insuficiência renal, requerendo diálise ou transplante de rins no futuro. Atualmente já existem mais de 120 mil indivíduos com a doença no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia” Renata Lopes, nutricionista da MBA Pediatria, explica que a obesidade vem se dando cada vez mais cedo, ainda em bebês, e muito em função de ainda existir o mito de que criança gordinha e cheia de dobras é saudável, quando na verdade não o é. “Os parâmetros saudáveis são aqueles que estabelecem um equilíbrio entre peso e altura e que são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde, devendo ser analisados em consultas de rotina com o pediatra”, relata a nutricionista. A especialista alerta para os casos de bebês macrossômicos, nascidos com mais de 4 quilos, fruto de obesidade ou diabetes gestacional da mãe, doenças cada vez mais presente nos dias atuais e que precisam de atenção prévia sobre o seu desenvolvimento nutricional após o aleitamento materno. “É importante tratar a obesidade infantil como uma epidemia mundial, tendo a ciência de que ela pode ser prevenida e combatida”, afirma a nutricionista, orientando que as futuras mães façam um pré-natal de nutrição equilibrada para evitar o excesso de peso para elas e seus filhos. E para as crianças que já estão com o quadro de obesidade configurado, doutora Maria Cristina destaca a importância de uma atenção multidisciplinar para que elas possam reestruturar hábitos, como alimentação saudável e atividades físicas regulares, considerando que quanto mais cedo elas iniciarem, mais fácil será a adesão e manutenção destes. “É a fase em que elas oferecem menos resistência ao novo e mais abertura para seguirem com a rotina proposta”. Fontes para Entrevistas: Dra. Maria Cristina Andrade Informações enviadas pela Assessoria de Imprensa de Dra. Maria Cristina Andrade.
terça-feira, 24 de julho de 2018Estudo mostra que o Brasil terá mais de 29 mil novos casos de câncer relacionados ao excesso de peso e as mulheres são as mais atingidas, com a fome Emocional A diminuição do IMC poderia evitar pelo menos 15 mil casos de câncer, por ano, no Brasil
Segundo o estudo desenvolvido pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em colaboração com a Harvard University, nos Estados Unidos, mais de 15 mil casos de câncer, por ano, poderiam ter sido evitados no país se não fosse a obesidade da população.
A pesquisa feita por cientistas brasileiros, americanos e franceses, possuem estimativas ainda piores para o futuro. Até 2025, o Brasil terá mais de 29 mil novos casos de câncer relacionados ao excesso de peso. As mulheres são as mais atingidas, não apenas por serem o público com maior índice de IMC elevado, mas também por serem as mais afetadas pelos tumores de ovário, útero e câncer de mama, que também tem ligação com o sobrepeso.
Apesar de todos os problemas físicos, emocionais e sociais que a obesidade pode trazer para a vida de uma pessoa, um em cada cinco brasileiros são atingidos por ela. Para a psicoterapeuta Sorella Mendes, é preciso que as pessoas encarem obesidade como uma doença que necessita de tratamento, só assim será possível mudar esse cenário preocupante.
“Uma das principais queixas que escuto de minhas pacientes que enfrentam uma batalha diária para tentar eliminar peso é sobre a necessidade que sentem de comer, sem realmente estarem com fome. Na psicoterapia, tratamos essa fome como uma compulsão alimentar e a chamamos de fome emocional”, afirma Sorella, que idealizou o Projeto Mente Magra.
De acordo com Sorella, existem quatro tipos de fome, a fisiológica, a social, a específica ou vontade e, por fim, a emocional. É importante identificar qual fome atinge cada pessoa para assim conseguir tratar o transtorno alimentar.
Fome fisiológica x fome psicológica A fome fisiológica é a fome celular, aquela que organismo precisa receber alimentos para sobreviver. A fome real do corpo que não exige um alimento específico, mas que é saciada por qualquer alimento. Quando estamos realmente com fome, o corpo avisa dando sinais como aquele vazio ou dor no estômago, dores de cabeça e até mesmo irritação. Você sabe que precisa comer, para não passar mal ou ficar indisposta.
Já as outras três fomes existentes são de fundo emocional, que podem sabotar a mente humana fazendo com que o indivíduo coma por emoção, por momento ou por desejo. Sem o autocontrole, essas fomes emocionais podem levar a compulsão alimentar, uma das principais causas da obesidade ou do sobrepeso.
A primeira, e sem grandes problemas quando a pessoa já desenvolveu o autocontrole alimentar, é a fome social. Aquela despertada em eventos e comemorações. Momentos agradáveis em que nos reunimos com amigos e familiares para jogar conversar fora e comer os alimentos disponíveis no momento. Apesar de as vezes exageramos, quando é algo esporádico ou planejado, não chega a prejudicar.
A segunda é a fome específica ou vontade, aquela relacionada ao prazer que desperta a vontade de beber ou comer algo específico como, por exemplo, um refrigerante ou um bolo de chocolate. Ela está ligada ao emocional podendo ser despertada por lembranças de infância ou estímulos externos como uma propaganda na televisão. A orientação da psicoterapeuta para esses casos é que o paciente ingira o tal alimento desejado, respeitando sempre os sinais de fome e saciedade, pois a vontade não assumida pode desencadear uma futura compulsão alimentar.
“A ingestão dos alimentos considerados proibidos, em pequenas porções, faz com que o indivíduo passe a ter uma alimentação mais equilibrada. Quando entendemos que esses alimentos estarão a nossa disposição, conseguimos fazer escolhas melhores a longo prazo, sem focarmos apenas no prazer momentâneo”, afirma Sorella.
Já a terceira, e mais preocupante, é a fome emocional. Essa já é considerada um transtorno alimentar a ser tratado, pois a pessoa come de forma compulsiva, não se sente saciada com pequenas porções, sente uma urgência em comer, come rápido e muitas vezes até escondido.
A fome emocional pode ser gerada por um acúmulo de sinais, tanto de fome quanto de saciedade, que não foram respeitados. Longos períodos de restrição alimentar e de mentalidade de dietas, faz com que as pessoas se distanciem do que necessitam dentro de sua individualidade, ou até mesmo, como forma de se desconectar de seus medos, angústias e ansiedades. As emoções que não aprendemos a entrar em contato de forma saudável, geram fugas externas que muitas vezes são descontadas na comida.
“A luta contra a obesidade precisa ser olhada com o verdadeiro respeito e cuidado que merece. O paciente obeso sofre com suas próprias limitações, com os problemas de saúde causado pelo excesso de peso, com os transtornos psicológicos que todo o processo causa e ainda é obrigado a enfrentar o preconceito das pessoas que o julgam por estar fora dos padrões considerados “normais” pela sociedade”, declara Sorella.
Março 30, 2017Escola cria aula de culinária e incentiva crianças a comer verduras
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