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O D O N T O L O G I A

Tratamento odontológico é essencial para

pacientes oncológicos

Em decorrência do tratamento, pacientes podem desenvolver problemas
bucais. O acompanhamento odontológico antes, durante e após o tratamento

garante maior saúde e qualidade de vida.

 

Crédito Michel Larsson por Pixabay

Outubro, 2023 – Que os pacientes oncológicos necessitam de cuidados
específicos não é novidade para quem passa pelo tratamento, seus familiares e
cuidadores. No entanto, nem todos sabem que o cuidado odontológico antes,
durante e após o tratamento é primordial para prevenir alterações e efeitos
colaterais na região oral em decorrência da terapia adotada. 

Segundo dados de uma pesquisa realizada recentemente com 100 pacientes
oncológicos da região do Vale do Paraíba, publicada no portal Archives of
Health Investigation, sobre o tema “Conhecimento de Paciente em Tratamento
Oncológico sobre Saúde Bucal”, menos da metade, ou seja, 45% dos pacientes
foram ao dentista nos últimos 12 meses; 42% usavam como artifícios para a
higienização somente escova e pasta; e 51% acreditavam que a quimioterapia
não teria efeito algum na cavidade bucal. Outra publicação, Ciência e Saúde,
indica que 70% dos pacientes oncológicos são submetidos a sessões de
quimioterapia e/ou radioterapia e que 40% sofrem manifestações orais.

 
Diante deste cenário, em uma equipe multidisciplinar que acompanha o
paciente, deve-se incluir o dentista, uma vez que o tratamento gera uma baixa
na imunidade do paciente que pode desencadear alterações na cavidade
bucal. A médica estomatologista e bucomaxilo do Vera Cruz Hospital, Bruna
Sabino, cita alguns dos problemas decorrentes: xerostomia (boca seca), feridas
na boca, como a mucosite, lesões fúngicas, como a candidíase oral, lesões
herpéticas, alteração do paladar, dificuldade de deglutição, integridade dos
dentes e mucosa oral, entre outras.

Para evitar esses problemas, ela recomenda que todos os pacientes
oncológicos façam acompanhamento com um cirurgião-dentista. A indicação
pode partir, inclusive, do oncologista. “Em casos de pacientes com câncer de
boca, o cuidado deve ser ainda maior. Como envolve cirurgia na região oral e
os tratamentos de quimioterapia e radioterapia são bem agressivos para a
boca, há a necessidade de uma avaliação antes do início do tratamento e de
acompanhamento devido ao risco de osteonecrose dos maxilares pela
radiação”, explica. Algumas medicações usadas no plano terapêutico, como
antiangiogênicos e antirreabsortivos, também podem desencadear tais
problemas. E a médica alerta que essas medicações também são usadas por
pessoas com osteoporose, sendo necessário acompanhamento odontológico.

Para cuidar da boca dos pacientes diagnosticados com câncer, o especialista
mais indicado é o cirurgião-dentista oncológico. E a médica explica a razão de
ter esse profissional por perto: “O cirurgião-dentista oncológico não avalia
apenas a boca do paciente, mas também a medicação que ele usa, os exames
que realiza e os tratamentos que faz. No caso da oncologia, é preciso
desenvolver uma relação multidisciplinar, enxergar o paciente como um todo. O
profissional de odontologia deve atuar na equipe oncológica com o objetivo de
prevenir complicações bucais e controlar os efeitos colaterais da radioterapia e
quimioterapia. O cirurgião-dentista atua antes, durante e após o tratamento do
câncer, atua também no diagnóstico de lesões cancerígenas na boca, atua em
conjunto com os médicos em geral e atua em centro cirúrgico junto com o
médico de cabeça e pescoço e toda a equipe de bucomaxilo”, fala ela sobre a
complexidade do acompanhamento.

Outro fator importante é que a área de odontologia focada na oncologia tem um
olhar diferenciado para a tecnologia e a busca de alternativas que atuam sobre
um problema, desde que não impliquem em maiores consequências para o
paciente, que já está debilitado. E, neste quesito, a médica aborda um dos

mais recentes avanços: “A laserterapia de baixa potência, por promover efeitos
biológicos benéficos por meio do fenômeno de bioestimulação, de caráter
analgésico, anti-inflamatório, cicatrizante e para reparo de tecidos lesionados, é
muito bem aceita pelos pacientes, uma vez que tem alta efetividade. É uma
técnica não invasiva e atraumática”, destaca.

Embora haja muitas evoluções na oncologia, em termos de tratamento
oncológico, a médica explica que o cuidado bucal em casa também precisa ser
intensificado. “Algumas avaliações, tais como um raio-X panorâmico, permitirão
um plano adequado para a higiene bucal, uma vez que nem todos os casos
oncológicos incluem, por exemplo, o uso de fio dental durante o tratamento.
Também há uma avaliação no caso de uso de próteses orais. Por via de regra,
devem ser mantidos o uso de escova macia e enxaguante bucal apropriado e
indicado pelo dentista, bem como o uso de pasta dental específica, capazes de
garantir uma boa higiene oral”, finaliza.

 

Como lidar com as dietas de início de ano sem sofrer mau hálito.

As dietas causam mau hálito?

 

Algumas pessoas começaram a adotar novos modos de comportamento, como comer mais ou não praticar algum tipo de esporte. Hábitos que podem colaborar a geração de problemas de saúde como diabetes e hipertensão.

Visando levar uma vida mais saudável, algumas pessoas adotam, então, dietas para ajudar no emagrecimento. Entretanto, algumas dietas, mesmo que indicadas por nutricionistas, podem gerar mau hálito nas pessoas, em decorrência dos alimentos que são continuamente consumidos e também dos que ficam de fora.

Nas dietas que o consumo de carboidratos é pequeno ou quase nulo, o corpo começa a utilizar como fonte de energia a gordura já armazenada e não a glicose, que é a quebra preferida do organismo. Segundo a Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor, “Emagrecendo desse modo, o organismo entra no processo conhecido como cetose. Nele, o corpo converte a gordura em três tipos de cetose, incluindo a acetona, que confere à boca o mau hálito”.

Mesmo com essa alteração no hálito, a especialista em halitose afirma: “A dieta com menos carboidratos além de beneficiar o corpo como um todo, apesar do meu hálito, também ajuda na saúde bucal, já que não se consome açúcares e evita cáries”.

Para evitar o mau hálito nas dietas, a Dra. Cláudia Gobor recomenda:

  • Mascar chicletes sem açúcar para ajudar na salivação;
  • Manter uma boa higiene bucal;
  • Adicionar ervas frescas à água e ao chá.

Mesmo com dificuldade, é importante sempre tentar manter um estilo de vida saudável. “Para lidar com o mau hálito excessivo que aparentemente não tem causa, procure um dentista especialista em halitose para fazer o devido tratamento”, reforça Dra. Cláudia.

Serviço: Dra. Cláudia C. Gobor

 

Novembro Azul: homens cuidam menos da saúde bucal do que mulheres

Estudo mostra que eles vão ao dentista somente quando problemas bucais já estão avançados e têm maior propensão ao câncer de boca

Um estudo publicado pela “Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo” mostrou que as mulheres cuidam mais da saúde bucal do que os homens. A pesquisa revelou também que o sexo feminino tem um cuidado maior com os dentes pelo fato de serem mais exigentes com a aparência do sorriso. Além disso, segundo o estudo, os homens tendem a buscar um especialista apenas quando os problemas bucais já estão mais avançados, isto é, apresentando dor ou alteração física.

O dentista e especialista em saúde coletiva da Neodent, João Piscinini, afirma que esse estudo brasileiro tem resultado similar a levantamentos mundiais. “As pesquisas mostram que os homens precisam ter a consciência de cuidar mais da sua saúde bucal. Cárie e doenças periodontais são mais comuns no sexo masculino”, comenta. O especialista alerta sobre a importância de manter uma rotina de visitas ao dentista. “Algumas doenças podem surgir com a falta de hábitos de higiene bucal. A cárie é mais comum, principalmente, pelo excesso de açúcar na dieta e uma higiene bucal ineficiente. Mas gengivite, mau hálito, placa bacteriana e periodontite também podem surgir com a falta de cuidado com os dentes. Por isso, é necessário procurar um dentista e conferir se a saúde bucal está em dia”, destaca.

Câncer de boca

Além disso, os homens são mais propensos a ter câncer de boca do que as mulheres. A doença consiste em tumores malignos que afetam lábios e outras estruturas da boca, como gengivas, língua, bochechas e a região embaixo da língua. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse tipo de câncer é mais comum em homens acima de 40 anos. As informações de 2020 do Inca mostram que a estimativa de novos casos passa de 15 mil. Sendo 11.180 somente em homens. Ainda de acordo com o Instituto, o câncer de boca é o quarto tumor mais frequente nos homens na região Sudeste.

Há alguns fatores que aumentam o risco da doença, como o tabagismo, a ingestão de bebidas alcoólicas, a exposição ao sol sem proteção e a infecção pelo vírus HPV. O especialista em saúde coletiva da Neodent orienta que precisam ser observados os sinais da doença. “Entre eles estão lesões como manchas, placas e nódulos na cavidade oral, e no pescoço e rouquidão persistente. Já nos casos mais avançados, há dificuldade de mastigação, fala e para movimentar a língua”, explica João Piscinini. 

A principal recomendação é ter atenção e cuidados com os fatores de risco, como não fumar nem consumir bebidas alcoólicas em excesso. “Outra orientação é ter uma alimentação saudável e boa higiene bucal. O cuidado com a saúde dos dentes pode ajudar a evitar doenças como cárie e periodontite e, também, o câncer de boca. Porém, caso o paciente observe algo de diferente, é necessário procurar um especialista. A doença tem tratamento e a chance de sucesso está diretamente associada ao diagnóstico precoce”, finaliza Piscinini.

 

Aftas e feridas: lesões bucais podem ser sinal de carência de vitaminas ou

até mesmo covid-19

Especialistas alertam para necessidade de identificar causa e origem das lesões, principalmente durante pandemia

Tratamento dentário, carência de vitaminas e minerais, alterações hormonais e sensibilidade alimentar são algumas das causas para o aparecimento de aftas. Porém, um novo possível fator para o surgimento da pequena lesão é a covid-19, que já possui um dos sintomas mais comuns relacionados à boca: a diminuição ou perda total do paladar (ageusia e hipogeusia). Nesse quadro, um estudo publicado pelo Journal of Dental Research apontou que úlceras aftosas, lesões herpéticas e infecções fúngicas foram problemas frequentes de pessoas com covid-19.

A partir dos resultados da pesquisa, foi observado que pacientes infectados pelo coronavírus registravam uma alteração bucal, apresentando lesões na mucosa oral. “Alguns desses estudos indicam o aparecimento dessas feridas com o início dos sintomas da covid-19. Embora ainda sejam descobertas recentes e que seguem sendo estudadas, há alguns indícios da relação de lesões bucais com o coronavírus. Além disso, na medicina e na odontologia, o aparecimento dessas feridas como indicativo de que a saúde do corpo não vai bem não é uma novidade. Diversas outras doenças podem gerar aftas e, inclusive, serem diagnosticadas precocemente a partir desse sinal do corpo”, explica o dentista e especialista em saúde coletiva, João Piscinini. 

Inúmeras causas

A afta é uma pequena lesão que pode aparecer em vários locais da boca, como na língua, nas bochechas e nas margens dos lábios. Essas lesões costumam ser bastante incômodas ao ingerir algum alimento, por exemplo, e, em alguns casos, influenciar até na fala. Segundo o dentista, há diversos fatores que resultam na queda da imunidade e contribuem para o aparecimento da afta. “Nas mulheres, podem aparecer por conta das alterações hormonais no período de menstruação. Além disso, a alimentação também é um ponto a ser levado em conta. Alguns alimentos, como abacaxi, chocolate e nozes, não são recomendados para quem apresenta essas lesões”, comenta. 

Problemas estomacais ou esofágicos também podem influenciar no surgimento das lesões. O especialista em saúde coletiva afirma que essa pequena ferida está muito relacionada ao estresse intenso. “A gastrite nervosa é estimulada pelo estresse emocional. Por isso, pode haver uma relação entre esses dois fatores. Também, pessoas com refluxo gastroesofágico e dispepsia são propensas a terem aftas”, esclarece.  De acordo com Piscinini, a falta de alguns nutrientes pode aumentar o risco de pequenas lesões. “A carência de vitamina B12, vitamina C, zinco e ferro pode contribuir para que surjam as aftas. Há estudos também sobre a relação do aparecimento com vírus específicos, como é o caso das pesquisas que apontam para o coronavírus”, destaca. 

Alternativas

Outra condição que favorece as lesões é o aparelho ortodôntico. “Pessoas com aparelhos nos dentes, geralmente no início do uso do acessório bucal, podem sentir esse incômodo. Isso acontece por um microtrauma gerado pelo atrito do aparelho na mucosa da boca”, conta João Piscinini. “Uma alternativa para evitar esse tipo de problema seria o alinhador transparente, que não é fixo e pode ser removido para que o paciente possa comer e escovar os dentes sem complicações. E também não machucam, pois, diferente dos brackets convencionais, não têm superfícies cortantes nem metais, o que dá conforto e ainda traz um avanço estético para os alinhadores”, complementa. 

A afta costuma desaparecer após uma ou duas semanas. Porém, o especialista destaca que, caso o paciente sinta muita dor, há medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios que podem auxiliar. “Algumas pomadas específicas aliviam a dor. Outra dica é evitar alimentos muito temperados ou ácidos para diminuir a irritação no local. Mas, caso o paciente tenha afta com muita frequência ou que não desapareça após, no máximo, duas semanas, o indicado é procurar um profissional para avaliar a saúde bucal e sistêmica como um todo”, aponta o dentista. 

 

 

Bhte, 13/03/2021

Especialista do CEJAM chama a atenção para cuidados constantes no Dia Mundial da Saúde Oral

Cirurgião-dentista vê avanços na prevenção de doenças bucais, mas ressalta que muitos pacientes ainda resistem em procurar ajuda

Em 20 de março, o mundo celebra o Dia Mundial da Saúde Oral, um cuidado que muitas pessoas ainda negligenciam. A data foi estabelecida pela Federação Dentária Internacional (FDI) e busca promover ações para diminuir os índices de cáries, doenças periodontais e perdas dos dentes.

A entidade estima que cerca de 3,5 bilhões de pessoas no mundo sofram com alguma doença oral, que poderia ser evitada com cuidados básicos e acesso a profissionais qualificados para prevenção, diagnóstico e tratamentos dos problemas.

Para o cirurgião-dentista Francis Henrique do Nascimento Tsurumaki, supervisor de Saúde Bucal do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, é preciso ressaltar que a saúde bucal está ligada diretamente à saúde geral das pessoas.

“A saúde bucal interfere nas esferas mental, comportamental e emocional dos pacientes. Um sorriso saudável e harmonioso permite a realização dos movimentos de mastigação, fala e deglutição adequados, além de proporcionar uma boa aparência. Em contrapartida, pacientes com problemas bucais podem apresentar quadros de dores, sangramentos e infecções, tendo relação direta com doenças como diabetes e problemas cardíacos”, explica.

O especialista frisa, também, que a prevenção é a maneira mais barata e menos dolorida de cuidar da saúde bucal, evitando que problemas dentários se tornem mais graves. Muitos, no entanto, ainda resistem a procurar ajuda, pois consideram o problema bucal como secundário, têm medo do tratamento ou sequer conhecem as opções de atendimento oferecidas pelo SUS nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

“Ir à consulta com o cirurgião-dentista não é sinônimo de dor. Atualmente, com os avanços tecnológicos, os tratamentos são mais eficazes, rápidos e indolores”, destaca. Segundo ele, historicamente, o acesso a este profissional de saúde era privilégio da parcela mais rica da sociedade.

“Hoje, todo brasileiro pode receber assistência odontológica gratuita pelo SUS. Nas UBS que contam com equipes de Saúde Bucal, o paciente pode ter acesso a procedimentos básicos como extrações simples, restaurações e limpeza, além de ações educativas e preventivas. Caso o paciente necessite de atendimento especializado, poderá ser referenciado aos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e/ou hospitais”, explica.

Cuidados básicos

No dia a dia, alguns cuidados são considerados básicos para evitar problemas de saúde bucal. A escovação dental com cremes fluoretados deve ser realizada ao menos três vezes por dia, após as principais refeições (café da manhã, almoço e jantar). Vale salientar que essa orientação é válida para todas as faixas etárias.

“Orientamos também os cuidados diários preventivos como o uso de fio/fitas dentais, enxaguatórios bucais, diminuição da ingestão de alimentos cariogênicos (açúcares) e visitas regulares ao cirurgião-dentista”, complementa o especialista.

O cirurgião-dentista ressalta que o Brasil convive com uma cultura enraizada em sua população, que busca tratamentos bucais imediatistas e não realiza o acompanhamento devido. Apesar disso, nas últimas décadas, o profissional avalia que houve um crescimento considerável no nível de cuidado dos brasileiros em relação à saúde bucal.

“Segundo a Organização Mundial da Saúde, desde 2010, o Brasil passou a figurar entre os países que apresentam baixa incidência de cáries na faixa dos 12 anos. O acesso à informação, os avanços das políticas públicas em saúde bucal, as parcerias com o setor privado e a disponibilidade de produtos de boa qualidade com preços acessíveis à população foram determinantes para este avanço”, finaliza.

Sobre o CEJAM


O CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1991, a Instituição atua em parceria com prefeituras locais, nas regiões onde atua, ou com o Governo do Estado, no gerenciamento de serviços e programas de saúde nos municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Itu, Osasco, Embu das Artes, Cajamar, Campinas, Carapicuíba, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, Francisco Morato, Ferraz de Vasconcelos e Peruíbe.

Com a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde, o CEJAM é considerado uma Instituição de excelência no apoio ao Sistema Único de Saúde (SUS). O seu nome é uma homenagem ao Dr. João Amorim, médico obstetra e um dos fundadores da Instituição.

 

Informações enviadas ao Jornal de Saúde pela Assessoria de imprensa, todas as informações são de responsabilidade de autores.

 

 

23, outubro, 2019

Estrada para a Saúde orienta motoristas sobre higiene bucal

Ação voltada aos caminhoneiros que trafegam no sistema Castello-Raposo marca o Dia Nacional da Saúde Bucal, celebrado em 25 de outubro

 
A CCR ViaOeste e Instituto CCR promovem nesta quinta e sexta-feira (24 e 25/10) ações de conscientização sobre os cuidados com a saúde bucal para os caminhoneiros. A iniciativa será realizada na base fixa do Programa Estrada para a Saúde, instalada na Área de Descanso do Caminhoneiro, no km 57 da rodovia Castello Branco, sentido capital.
Os profissionais do programa promoverão rodas de conversa com os caminhoneiros, chamando a atenção para a necessidade da frequente higienização da boca, com escovação dos dentes após todas as refeições, a importância do uso do fio dental e, principalmente, a necessidade de visitas regulares ao dentista. Durante os dois dias, os motoristas que participarem da ação receberão kit contendo creme dental, escova de dentes e fio dental. 

Vale destacar que o programa oferece atendimento odontológico gratuito aos motoristas constantemente por meio de uma parceria com a Interodonto. As consultas com dentista são realizadas às segundas, quartas e sextas-feiras, das 8 às 13 horas. Nas terças e quintas-feiras, o profissional está disponível das 12 às 17 horas. Basta o caminhoneiro realizar o cadastro na recepção e o atendimento é realizado por ordem de chegada.   

Estrada para a Saúde

O Programa “Estrada para a Saúde”, da CCR ViaOeste, oferece a oportunidade do caminhoneiro cuidar do seu bem estar físico e mental gratuitamente. Na base, ele pode realizar: exames de glicemia, colesterol e pressão arterial; acuidade visual; cálculo de IMC; consultas especializadas com enfermeiros; tratamentos odontológicos preventivos; além de usufruir de serviços como corte de cabelo e massagem bioenergética. Os serviços são oferecidos diariamente em um moderno Centro de Atendimento, instalado na Área de Descanso do Caminhoneiro no km 57 da Castello, sentido capital.
 

 

 

Maio 27, 2017


Sinais de maus-tratos em crianças podem ser identificados pelos dentistas 


Guia orienta profissionais de todo o Brasil para detectar e encaminhar casos de violência infantil


Casos de maus-tratos atingem cerca de 10 milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil, a cada ano. Escolaridade, religião e classe social parecem não influenciar na incidência dos casos, que continuam a prejudicar a infância e o desenvolvimento dessas crianças. No entanto, estudos realizados apontam que os cirurgiões-dentistas têm um papel importante na prevenção, detecção e encaminhamento de casos de maus-tratos, pois grande parte das agressões acontece na face, cabeça e pescoço. "Essa questão vem sendo pesquisada desde 2009 e, com base nos dados de violência intrafamiliar recolhidos, identificamos que a maior parte das lesões sofridas pelas crianças poderia ser facilmente identificada pelos dentistas", explicou Estela Maris Losso, professora de Odontologia na Universidade Positivo (UP).


Para orientar os profissionais da área, foi desenvolvido na universidade paranaense o guia "Maus-tratos Infantis - o Papel dos cirurgiões-dentistas na proteção das crianças e adolescentes", que foi divulgado em todo o país pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). O conteúdo também deu origem a um aplicativo com o mesmo nome, disponível para celulares com sistema Android pela Google Play. "Com o formato mobile, o objetivo foi disponibilizar as orientações de forma prática, fácil e gratuita", explica a professora.


Para identificar situações em que quem agride, na verdade, quem deveria cuidar e proteger, o guia aponta alguns sinais claros de negligência, violência física, psicológica e sexual e suas consequências. "Às vezes, a agressão não é visível. Sinais de descuido com a higiene e cuidados básicos, irritação, medo constante e isolamento podem ser sinais fortes de maus-tratos - e os profissionais da saúde devem estar atentos para isso", explica Estela Maris.


Além de identificar os sintomas, o guia orienta também como deve ser feito o encaminhamento do caso. De acordo com o artigo 13 do Estatuto da Criança e do Adolescente, os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente devem ser comunicados ao Conselho Tutelar da região, sem a obrigação de haver provas e com sigilo garantido. O Disque Denúncia Nacional 100 também funciona da mesma maneira. A autoridade policial da cidade ou o Ministério Público também podem ser notificados. "A informação é a arma mais poderosa contra a violência, principalmente contra crianças e adolescentes", conclui a professora.


 

 

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