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Bhte, 06/09/2023

Saúde na terceira idade: CBD surge como um aliado promissor no tratamento de idosos

Diferente do THC (tetrahidrocanabinol), o canabidiol não provoca dependência nem efeitos psicoativos, sendo reconhecido por suas propriedades terapêuticas notáveis

O envelhecimento promove um aumento no risco de desenvolver doenças e, consequentemente, de reduzir a qualidade de vida. Sejam essas doenças de natureza psicológica, cardiovascular, hipertensiva ou degenerativa, estudos científicos realizados nos últimos anos têm comprovado a eficácia do CBD, um composto derivado da planta Cannabis sativa, como um tratamento promissor para diversas patologias comuns entre os idosos.

 

Diferente do THC (tetrahidrocanabinol), outro composto presente na planta, o canabidiol não provoca dependência nem efeitos psicoativos, sendo reconhecido por suas propriedades terapêuticas notáveis. “Outra vantagem do uso do canabidiol é que, por ser uma substância natural, possui pouquíssimos efeitos colaterais no organismo, ao contrário de medicamentos sintéticos”, comenta Dr. Alfonso Cardozo Ferretjans, médio e sócio da Anna Medicina Endocanabinoide, startup que tem o objetivo de desburocratizar o acesso à cannabis medicinal no Brasil.

 

Estudos conduzidos pela Escola de Medicina da Universidade de San Diego, na Califórnia, e publicados na Journal of the American Geriatrics Society, apresentam resultados altamente positivos no uso do CBD para tratar enfermidades frequentes em idosos, como Parkinson, Alzheimer, depressão, ansiedade e distúrbios do sono. Também foram observadas melhoras nos sintomas de osteoporose, doenças intestinais e problemas cardíacos.

 

A relação entre o avanço da idade e o desequilíbrio no sistema endocanabinoide (SEC) também foi cientificamente estabelecida. Descoberto em 1964, o SEC é um conjunto de receptores que facilita a comunicação e coordenação entre as células. “Com o avanço da idade e a desregulação do SEC, ocorre um desequilíbrio no sistema fisiológico, tornando-o mais suscetível ao desenvolvimento dessas doenças”, explica Dr. Alfonso.

 

Quando interage com o sistema endocanabinoide, o CBD atua imitando a substância natural presente no organismo, exercendo influência na redução de dor, inflamação e sintomas diversos. Segundo dados da Anvisa, nos últimos cinco anos, o número de solicitações de importação de cannabis medicinal para pessoas com mais de 65 anos quadruplicou. "Esses números são promissores, especialmente considerando que essa parcela da população muitas vezes associa o composto aos efeitos alucinógenos da maconha, que são causados pelo THC", acrescenta o médico.

 

Com seu perfil terapêutico, o CBD emerge como uma alternativa inovadora que pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos idosos, aliviando sintomas e promovendo um processo de envelhecimento mais saudável e confortável.

 

 

 


Terceira Idade: como recuperar a massa muscular perdida com o passar do tempo

A passagem do tempo traz desafios para a saúde e a vitalidade do corpo. A perda involuntária de massa muscular torna-se uma preocupação crescente à medida que as pessoas envelhecem. O processo de envelhecimento ocorre fisiologicamente e começa entre os 25 e 30 anos, com destaque quando se aproxima da terceira idade.

Um dos principais fatores da redução de massa muscular está relacionado à questão hormonal. Segundo o fisiologista e professor dos cursos de MedicinaEducação Física e Enfermagem da Universidade Positivo, Ricardo Cunha, à medida que as pessoas envelhecem ocorre uma condição conhecida como sarcopenia, que é a perda progressiva e involuntária de massa muscular. "Isso geralmente começa a partir dos 25 anos e tende a se agravar com o tempo,” explica. 

Existe também uma diferença entre homens e mulheres em relação à perda de massa muscular com o passar dos anos. De acordo com o fisiologista, o principal fator está relacionado ao hormônio masculino. “Homens conseguem ter um processo de proteção devido a testosterona, que é naturalmente produzido em maior quantidade. As mulheres também produzem testosterona, mas em quantidades menores, e esse hormônio é muito importante para manter a massa muscular”, esclarece. Segundo o especialista, outra questão que dificulta a manutenção de massa muscular pelas mulheres é a redução dos hormônios femininos,progesterona e estrógeno com a chegada da menopausa. 

No entanto, por meio de abordagens eficazes e orientação especializada, Cunha afirma que é possível combater esse processo e recuperar a força e a vitalidade muscular. "Boas notícias estão surgindo para aqueles que desejam enfrentar esse desafio e recuperar a vitalidade muscular perdida ao longo do tempo. A musculação, com seus treinos focados em resistência e força, vem se destacando como uma poderosa aliada na recuperação da massa muscular", revela. Segundo ele, com um programa de treinamento bem estruturado, é possível alcançar resultados significativos, como:

Estímulos para o crescimento muscular: a resistência aplicada durante o treinamento de musculação desencadeia o crescimento e o reparo muscular, ajudando a combater a sarcopenia e contribuindo para um físico mais forte.

Manutenção da massa magra: ao praticar a musculação regularmente, é possível manter a massa muscular conquistada e evitar a perda adicional ao longo dos anos.

Melhora da densidade óssea: além de estimular o crescimento muscular, a musculação também tem efeitos positivos na saúde dos ossos, reduzindo o risco de osteoporose.

Programa de treinamento:

É importante que os praticantes de musculação, especialmente aqueles que buscam recuperar a massa muscular perdida com o passar dos anos, tenham um programa de treinamento. "Isso permitirá que você alcance resultados de forma mais eficaz e segura, levando em consideração suas metas e necessidades individuais”, finaliza o especialista.