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Dezembro 26, 2016

informe científico

Roche divulga resultados positivos de estudo com novo medicamento para tratamento da hemofilia A


Estudo HAVEN 1 demonstrou que o uso em profilaxia da molécula emicizumabe reduziu número de episódios de sangramento em pessoas com hemofilia A e inibidores do Fator VIII em comparação com o tratamento atual sob demanda
 
São Paulo, 26 de dezembro de 2016 - A Roche, líder mundial em biotecnologia, anunciou hoje os resultados de desfechos primários do HAVEN 1, um estudo clínico de fase III que avalia a profilaxia com a molécula emicizumabe em pacientes de 12 anos de idade ou mais com hemofilia A e inibidores do Fator VIII. O emicizumabe é um anticorpo monoclonal experimental, que atua como um elo de ligação entre os fatores IXa e X substituindo a função do fator VIII – proteína necessária para ativar o processo natural da coagulação e restaurar a coagulação sanguínea. O medicamento é administrado via subcutânea uma vez por semana, diferententemente das terapias convencionais de reposição de fatores da coagulação para tratamento dessa doença, marcadas por infusões intravenosas frequentes. 
 
O estudo, realizado globalmente com pessoas com hemofilia A de 12 anos de idade ou mais e com inibidores do Fator VIII, mostrou uma redução estatisticamente significativa dos episódios de sangramento no grupo que recebeu a profilaxia com emicizumabe, comparado ao que recebeu tratamento sob demanda com os chamados agentes “bypass” (fatores da coagulação usados no tratamento de pacientes com hemofilia A que desenvolvem inibidores do fator VIII). O estudo também alcançou seus desfechos secundários, incluindo uma redução estatisticamente significativa do número de episódios de sangramento nos pacientes que receberam profilaxia com emicizumabe, quando comparados ao tratamento profilático prévio com os agentes “bypass”.
 
A Roche atua na área de hematologia há mais de 20 anos e já desenvolveu medicamentos inovadores que ajudaram a redifinir o padrão de tratamento de diversos tipos de câncer do sistema sanguíneo. Os estudos com emicizumabe marcam a entrada da Roche, líder mundial em oncologia, também na área de coagulopatias. 
 
“O desenvolvimento de inibidores que diminuem ou anulam a eficácia da terapia de reposição de Fator VIII é um dos maiores desafios no tratamento atual da hemofilia A. Esse fenômeno coloca os pacientes em risco de sangramentos potencialmente fatais e repetidos, que podem causar dano articular no longo prazo”, afirma Dra. Sandra Horning, diretora médica e chefe do desenvolvimento global de produtos da Roche. “É uma satisfação para nós ver que, no nosso primeiro estudo pivotal, a profilaxia com emicizumabe reduziu significativamente o número de episódios de sangramento, nesses pacientes de difícil tratamento. Esperamos poder trabalhar lado a lado com as autoridades de saúde para levar esse tratamento aos pacientes de hemofilia o quanto antes”, finaliza.
 
O estudo HAVEN 1 é o primeiro estudo de fase III do programa de desenvolvimento clínico do emicizumabe que tem resultados relatados. Os eventos adversos mais comuns observados com emicizumabe foram reações no local da injeção, em linha com estudos anteriores. Os dados completos do HAVEN 1 serão apresentados em um próximo congresso médico e submetidos às autoridades regulatórias de saúde de todo o mundo para análise e aprovação.
 
Sobre o HAVEN 1 (NCT02622321) 
HAVEN 1 é um estudo de fase III, multicêntrico, aberto, randomizado, que avalia a eficácia, a segurança e a farmacocinética da profilaxia com emicizumabe versus tratamento sob demanda com agentes bypass em pessoas com hemofilia A e inibidores do Fator VIII. O estudo incluiu 109 pacientes de 12 anos de idade ou mais, que haviam sido previamente tratados com agentes de bypass de modo profilático ou nos episódios de sangramento (tratamento sob demanda). Os pacientes previamente tratados com agentes “bypass” nos episódios foram randomizados na proporção de 2:1 para receberem profilaxia com emicizumabe (grupo A) ou terapia com agentes “bypass” sob demanda (grupo B). Os pacientes previamente tratados profilaticamente com agentes “bypass” receberam profilaxia com emicizumabe (grupo C). O protocolo permitia o uso de agentes “bypass” para tratamento de novos episódios de sangramentos. O desfecho primário do estudo foi o número de episódios de sangramento ao longo do tempo, comparando-se a profilaxia com emicizumabe (grupo A) a terapia com agentes “bypass” sob demanda (grupo B). Os parâmetros secundários incluiram a frequência de todos os sangramentos, a frequência de sangramentos articulares, de sangramentos espontâneos, de sangramentos em articulações alvo, a qualidade de vida relativa à saúde (HRQoL) / o estado de saúde, a comparação intrapaciente na frequência de sangramento durante o esquema profilático prévio com agentes “bypass” (grupo C) e a segurança.
 
Sobre emicizumabe (ACE910)
O emicizumabe está sendo avaliado em estudos pivotais de fase III em pessoas de 12 anos de idade ou mais, com e sem inibidores do Fator VIII, e em crianças abaixo dos 12 anos de idade com inibidores do Fator VIII. Os futuros estudos avaliarão esquemas posológicos de menor frequência. O programa de desenvolvimento do emicizumabe avalia o potencial do medicamento para vencer os atuais desafios clínicos, como a alta frequência das infusões, via de administração e o desenvolvimento de inibidores do Fator VIII. O emicizumabe foi criado pela Chugai Pharmaceutical Co., Ltd. e está sendo co-desenvolvido por Chugai, Roche e Genentech.
 
Sobre a hemofilia A 
A hemofilia A é um transtorno grave, hereditário, no qual o sangue não coagula adequadamente, o que leva a sangramento descontrolado e, frequentemente, espontâneo. A hemofilia A afeta cerca de 320 mil pessoas em todo o mundo, das quais aproximadamente 50% a 60% têm uma forma grave da doença. Pessoas que sofrem de hemofilia A têm falta total ou quantidade insuficiente de uma proteína da coagulação chamada Fator VIII. Na pessoa saudável, quando ocorre um sangramento, o Fator VIII liga os fatores de coagulação IXa e X, uma etapa crítica para a formação do coágulo sanguíneo que ajuda a estancar o sangramento. Uma complicação grave do tratamento é o desenvolvimento de inibidores do Fator VIII usado na terapia de reposição. Os inibidores são anticorpos que o sistema imunológico do organismo desenvolve e que se ligam ao Fator VIII de reposição, bloqueando sua eficácia e dificultando ou mesmo impossibilitando a obtenção de um nível de Fator VIII suficiente para controlar o sangramento.

 

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Bhte, 30 de novembro de 2015, às 9h35

O Álcool e seus efeitos desastrosos no organismo e na vida

|Nesta pesquisa abordamos o tema álcocol de artigo publicado em 2009 por Michele Ferrão Ramos e adjetivamos e reiteramos alguns lugares comuns como a classficação do álcool como: droga tão prejudicial a economia de uma pessoa ou família, até mesmo para um município, estado e pais, tudo depende de seus governantes e seus hábitos e seus incentivos.

O álcool é alimento devido suas calorias, o fator de pessoas alcoolistas não comerem ainda encharem é devido ao fator caloria, pois se alimentam erroneamente pela ingestão do álcool e deixam de se nutrir com e alimentos ricos em vitaminas e sais mineirais. A curto prazo o álcool depleta ou retira as vitaminas do corpo à medida que ele provaca fígado e rins e que no estômago e intestinos não se complete a digestão de vitamianas e sais mineirais. Começa a cessar substâncias, nutrientes para todo o corpo e ser expelido pela urina, principalmente, suor, aliás o álcool é um excretor por natureza, na primeira dose de arguardente o suor começa.

O álcool é o maior agente da Depressão, engana-se quem pensa que ele ajuda no sentido de aliviar tensões, angústias e pulsões ou fobrias. Ele auxilia nos primeiros goles, realmente oferece a sensação de alívio do estresse e depois com doses mais frequentes e volumes maiores ele causa depressão tal o cigarro quando a nicotina acaba no sangue do fumante, viciado, habituado e então ele acende mais um cigarro e torna-se assim dependente químico do álcool, cada vez mais e mais.

Existem certos estudos mais filosóficos do álcool que diz que temos um dragão que quando começamos a beber mais e mais ele vai querer e várias doses vamos adminsitrando para este Dragão que está entre nosso úmbigo, que região chamada também de plexo solar que comprende do lado esquerdo o baço-pâncreas, muito importante no organismo, baço regula o fluxo sanguíneo e o pâncreas entre outras coisas; a entrada do açúcar, nas células. No centro temos o estômago, do lado direito temos o fígado. Assim nesta região onde mora o Dragão que quanto mais bebemos mais ele quer bebida.

Nota do editor

 

Por Michele Ferrão Ramos

 

           Qualquer ser humano que já tenha enchido a cara sabe que é quase impossível não pagar um mico quando se está bêbado.

            Nessas horas, o excesso de álcool já não deixa o indivíduo raciocinar como deveria e o pior, no dia seguinte a famosa amnésia vai deixá-lo com aquela dúvida cruel se o que fez foi tão tenebroso como todos estão dizendo.

           Toda a história da humanidade está permeada pelo consumo de álcool. Registros arqueológicos revelam que os primeiros indícios sobre o consumo de álcool pelo ser humano data de aproximadamente 6000 a.C., sendo portanto, um costume extremamente antigo e que tem persistido por milhares de anos. A noção de álcool como uma substância divina, por exemplo, pode ser encontrada em inúmeros exemplos na mitologia, sendo talvez um dos factores responsáveis pela manutenção do hábito de beber ao longo do tempo.

           O álcool (palavra de origem árabe: ai = a, cohol = coisa sutil), é tóxico, atingindo de preferência o aparelho digestivo: o indivíduo perde o apetite, o estômago se inflama e a ulceração da sua mucosa logo se manifesta. Trata-se de um líquido incolor produzido a partir de cereais, raízes e frutos. Pode ser obtido mediante a fermentação destes produtos, atingindo concentrações que variam entre 5 e 20% (cerveja, vinho, sidra) ou por destilação e/ou adição de álcool resultante de destilação, o que aumenta a concentração etílica até 40% (aguardente, licor, gin, whisky, vodka, rum, genebra, vinhos espirituosos).

           O nome químico do álcool é etanol, substância com a forma química de CH3 CH2 OH. O álcool pode ser associado a outros elementos químicos, responsáveis pela cor, sabor, odor e outras características da bebida. A sua comercialização e consumo são legais.

           É consumido por via oral. Após a sua ingestão, começa a circular na corrente sanguínea, afetando todo o organismo, principalmente cérebro e fígado. A molécula de etanol levada pelo sangue chega ao cérebro, que estimula os neurônios a liberar uma quantia a mais de Serotonina. (Substância que regulariza o prazer, humor e ansiedade) deixando a pessoa desinibida e eufórica. O vômito funciona como um mecanismo de autodefesa, contra a ação agressiva do álcool no estômago. A nível dos neurotransmissores, é facilitador da transmissão dopaminérgica, que está associada às características aprazíveis das drogas. Bloqueia o funcionamento do sistema nervoso central, provocando um efeito depressor. A aparente estimulação conseguida com o álcool é, na realidade, resultado da depressão dos mecanismos de controlo inibitório do cérebro. Em primeiro lugar são afectados os centros superiores (o que se repercute na fala, pensamento, cognição e juízo) e posteriormente deprimem os centros inferiores (afectando a respiração, os reflexos e, em casos de intoxicação aguda, provocando coma).

            Apesar da ampla função terapêutica do álcool durante a Idade Média, actualmente tem uma utilização muito restrita a este nível. É usado para desinfecção e cura de algumas lesões na pele. O consumo moderado de álcool pode ser benéfico, dado que reduz o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares.Chegando ao seio da substância nervosa, excita-a e diminui sua energia e resistência, e deprime os centros nervosos fazendo surgir lesões mais graves: paralisias, delírios (delirium tremens).

           Por desconhecimento da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele actua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelo qual ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, frequência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. O consumo inadequado do álcool é um importante problema de saúde pública, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando altos custos para sociedade e envolvendo questões, médicas, psicológicas, profissionais e familiares.

            Múltiplas alterações ocorrem no funcionamento do organismo a partir do quinto minuto de sua ingestão até atingir seu pico máximo, de 30 a 90 minutos depois, seja no abuso (consumo esporádico), seja na dependência (compulsão que leva à doença, o alcoolismo).

Efeitos imediatos do álcool: sonolência ou agressividade, irritabilidade, agitação, alteração de equilíbrio e marcha, alteração de memória, vômitos, convulsões, coma e até morte.

Efeitos tardios: cânceres do sistema digestivo, cirrose, pancreatite alcoólica, perda de sensibilidade em membros inferiores, atrofia do cérebro (alterações de comportamento, convulsões, demência), arritmia cardíaca, impotência sexual, esterilidade e síndrome de abstinência fetal (bebê nasce dependente de álcool, apresentando os sintomas acima). Abortamentos, baixo peso ao nascer e prematuridade, bem como retardos mentais, são freqüentes em filhos de mães alcoólatras.

          As conseqüências sociais são desajuste familiar, mau rendimento e relacionamento no trabalho, predisposição a acidentes em linhas de produção, falta ou atraso no emprego, suscetibilidade para produzir e sofrer acidentes e violência, assim como ocorrências policiais. Atenção para riscos de ingerir álcool com medicamentos, quando os efeitos colaterais aumentam e os efeitos necessários se alteram.

           A ingestão exagerada em uma única vez induz ao alcoolismo com regurgitação. Estudos mostram que ingestões exageradas em uma única vez tendem a matar mais que o alcoolismo crônico, além de induzirem à dependência química. O indivíduo está dependente do álcool a partir do momento em que não consegue mais realizar tarefas diárias sem enxeri-lo, adquirindo-o mesmo quando não pode e sentindo-se mais seguro junto do mesmo. Mulheres e homens têm tolerâncias diferentes ao álcool.

           Doses médias toleráveis por dia em homens são de até dois drinques, enquanto que em mulheres e idosos é de apenas um, considerando uma dose como 350 ml de cerveja, 150 ml de vinho ou 45 ml de licores e congêneres de alto teor alcoólico.

           Os factores que podem levar ao alcoolismo são variados, podendo ser de origem biológica, psicológica, sociocultural ou ainda ter a contribuição resultante de todos estes factores. A dependência do álcool é uma condição frequente, atingindo cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira.

           O alcoolismo é uma doença considerada sem cura, porém com controle através de programas multidisciplinares de desintoxicação, medicação, aconselhamentos, psicanálise, acompanhamento psiquiátrico, reforço espiritual, resgate da auto-estima e grupos de ajuda mútua. E como a ferrugem nos metais leva à uma degeneração do organismo, lenta e progressiva até a morte.

           Além das catástrofes provocadas no organismo físico, quantos males e acidentes desastrosos são ocasionados pela embriaguez! Os jornais, todos os dias, enchem as suas páginas com tristes casos de crimes e desatinos ocorridos com indivíduos e mesmo famílias inteiras, provocados por criaturas alcoolizadas.

           A embriaguez é hábito que se observa difundido em todas as camadas sociais. Mudam-se os tipos de bebidas: das mais populares, ao alcance do trabalhor braçal, às mais sofisticadas, para os homens de “status”. No entanto, o costume é o mesmo, os prejuízos, iguais. Em geral, a tendência para beber vem de uma perturbação da afetividade que pode ser originada na infância. Os problemas infantis gerados nos desequilíbrios familiares, pela falta de carinho dos pais ou por outros conflitos — são comumente as raízes desse estado íntimo propício ao alcoolismo.

           A bebida só leva à autodestruição e nada de construtivo oferece às suas vítimas. As alterações das faculdades intelectuais causadas pela embriaguez, principalmente da autocensura, que priva a criatura da razão, tem levado homens probos a cometer desatinos, crimes passionais e tragédias. Na embriaguez, o domínio sobre a nossa vontade é facilmente realizado pelas entidades tenebrosas, conduzindo-nos aos atos de brutalidade.

           Há pessoas ingênuas ou ignorantes que abusam do álcool e esquecem que, assim como o cigarro, os males não vão aparecer agora, mas sim daqui a alguns anos. O excesso de álcool faz mal à saúde. O prazer de algumas horas de uma bebedeira, no dia seguinte dá lugar à ressaca, e muitas vezes a coisas bem piores, como a morte em acidentes de trânsito, ou tragédias devido ao álcool.

          Portanto, antes de beber, pense se vale a pena!

 

Pesquisa sobre fígado revela surpresas e desmistificam "mitos"

O fígado é perigoso?

Apesar de ser um alimento super tradicional e apesar de todas as evidências em favor dos seus benefícios, profissionais de saúde e governo insistem em nos alertar CONTRA o consumo do fígado. Dentre os perigos do consumo de fígado citados por eles está o risco de contaminações e o excesso de vitamina A que ele fornece.

Uma das funções do fígado é neutralizar toxinas como drogas, agentes químicos e venenos; mas o fígado NÃO ARMAZENA essas toxinas. Compostos venenosos que o organismo não é capaz de neutralizar e eliminar tende a se acumular na gordura e no sistema nervoso. O fígado não é um órgão de depósito de toxinas, mas é SIM um órgão capaz de armazenar nutrientes importantíssimos (vitaminas A, D, E, K, B12 e ácido fólico, e minerais como cobre e ferro). Esses nutrientes fornecem ao corpo ferramentas para que ele se livre de toxinas.

É claro que o ideal é consumir o fígado de animais saudáveis, – gado, ovelha, bufalo, galinhas, perus, patos e gansos. A melhor escolha é por fígado de animais criados soltos, siscando/pastando. Se um fígado dessa qualidade não está disponível na sua região, a melhor opção seguinte são animais orgânicos (que nem sempre são criados soltos). Se o fígado do supermercado é a sua única opção, opte por fígado de gado, já que a criação deles, pelo menos no início da vida, é em pasto (o que mais acontece é os animais serem criados soltos em parte da vida e confinados logo antes do abate para engorda). Fígado de aves convencionais, criadas confinadas à base de ração não são recomendados!!

Quanto à vitamina A, e o medo do excesso dela no fígado, os estudos foram feitos com vitamina A sintética, que aí sim podem causar problemas e contribuir para defeitos de nascimento. Mas a vitamina A natural encontrada no fígado é um nutriente extremamente importante para a saúde humana e não causa problemas, a não sem em quantidades exageradamente absurdas.

De acordo com o Merck Manual oficial, o envenenamento agudo por vitamina A pode ocorrer em crianças após uma dose única de vitamina A SINTÉTICA, numa faixa de 300.000 UI ou uma dosagem diária de 60.000UI por algumas semanas. O Manual cita duas mortes por envenenamento agudo por vitamina A em crianças, que se manifesta como pressão intracraniana aumentada e vômitos. Para a imensa maioria entretanto, a recuperação acontece espontaneamente, assim que a ingestão da vitamina sintética é descontinuada, sem danos residuais.

Em adultos, de acordo com o Merck Manual, a toxidade da vitamina A foi relatada por exploradores no Ártico que desenvolveram sonolência, irritabilidade, dores de cabeça e vômitos, com subsequente descamação da pele, logo após a ingestão de vários milhares de unidades de vitamina A de fígado de urso polar e de focas. Mais uma vez os sintomas desapareceram assim que a ingestão desse alimento denso em vitamina A foi interrompido. Além desse exemplo incomum, entretanto, apenas a vitamina A (sintética) proveniente de comprimidos multivitamínicos, tomados por períodos longos, causaram intoxicação aguda – e isso significa 100.000UI de vitamina A sintética por dia, tomada por vários meses.

Assim, a menor que você seja um explorador do Ártico se alimentando de fígados de ursos e focas que caça por lá, é muito difícil que você desenvolva um quadro de intoxicação por vitamina A proveniente de fígado animal. A dose tida como tóxica de 100.000UI por dia é equivalente a 2,5 porções de 100 gramas de fígado de pato, ou 3 porções de 100 gramas de fígado bovino. Eu não acho que alguém coma tudo isso de fígado todos os dias! A partir dos trabalhos do Dr. Weston Price, podemos supor que o consumo de vitamina A em dietas primitivas era de cerca de 50.000UI por dia.

No que diz respeito ao consumo de fígado por mulheres grávidas, um estudo feito em Roma, na Itália, não encontrou nenhum tipo de má formações congênitas entre 120 recém nascidos expostos durante a gravidez a mais de 50.000UI de vitamina A por dia. (Teratology, Jan 1999 59(1):1-2). Um estudo suíço observou os níveis de vitamina A no sangue de mulheres grávidas e foram encontradas doses de 30.000UI por dia, com nenhuma relação com defeitos de nascimento. (International Journal of Vitamin and Nutrition Research 1998 68(6):411-6). Livros didáticos sobre nutrição escritos antes da Segunda Guerra Mundial recomendavam que as mulheres consumissem fígado rotineiramente, enquanto hoje em dia as mulheres grávidas são instruidas justamente para evitar esse alimento super nutritivo. Não coma bife de fígado, alerta a revista “Organic Style” em um artigo de fevereiro de 2005 na seção dedicada a alimentação e gravidez. “…ele tem altos níveis de retinos, um derivado da vitamina A que pode causar defeitos de nascença”.

Uma recomendação muito boa para o consumo de fígado é uma porção de 100 gramas dele uma ou duas vezes por semana, que fornece cerca de 50.000UI de vitamina A a cada porção. O fígado de galinha, que contém menos vitamina A, pode ser consumido com maior frequência. Se você notar dores de cabeça ou dores nas juntas com esse nível de consumo, pare de comer o fígado até que os sintomas desapareçam.

Comendo fígado cru… Uau!!

Comer fígado cru definitivamente não faz parte das recomendações da Standard American Dietary (SAD)! Então porque diabos uma pessoa em sã consciência ao menos consideraria comer um fígado cru?!? A maioria das razões são piadas com os primatas contando o quanto aquilo os faz se sentir bem.

  • Caçadores do sul têm como tradição comer o fígado de sua caça recém abatida, é a tarefa principal.

  • Na Argentina os rancheiros comem fígado e carnes crus ou muito mal passados.

  • Pessoas criadas em fazendas contam que comiam o fígado ainda morno, do animal recém abatido, apenas levemente cozido (e faziam isso com outros órgãos e glândulas)

  • Dr. Weston Price relatou o consumo de fígado cru em tribos caçadora da África. O fígado era considerado um alimento sagrado, que eles nunca tocavam com suas mãos, apenas com suas lanças. Eles comiam o fígado cru ou cozido.

  • O médico Max Gerson consumia suco de fígado cru, extraído com uma centrífuga especial que espremia o suco para o seu protocólo padrão de tratamento de pacientes com câncer no pâncreas. Sua filha, Charlotge Gerson, posteriormente eliminou essa parte do protocolo por conta da dificuldade em se conseguir fígado fresco e licre de contaminações. Atualmente uma injeção de extrato de fígado cru ou comrimidos de fígado desidratados são usados em lugar do fígado cru. Entretanto, o Dr. Nicholas gonzales, um médico de Nova Iorque que trata câncer numa abordagem holística insiste que todos os seus pacientes consumam fígado cru.


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Sobre a Carretinha da Saúde

Unidade móvel equipada com três ambulatórios e palco para realização de atividades lúdicas, a Carretinha da Saúde promove o diagnóstico precoce da hanseníase e o encaminhamento dos pacientes para o tratamento em unidades de saúde do SUS. Em 2012, o projeto recebeu o Prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Brasil (ODM Brasil), concedido a iniciativas que contribuem para o cumprimento, até 2015, dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU). A iniciativa é fruto de parceria do Morhan com a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e Secretarias Municipais de Saúde, através do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems RJ) e da ONG RIOSOLIDÁRIO.